Fernando Santos, selecionador nacional, em declarações na sala de imprensa do Estádio Bollaert-Delelis após o triunfo sobre a Croácia por 1-0:

[As mexidas no onze e as estreias]

«Não há revoluções em termos de futebol mas há transformações e sempre disse que as oportunidades apareceriam. Tenho confiança absoluta nos 23 jogadores e em todos os jogadores que poderiam ter vindo.

Doze deste jogadores não tinham estado nesta fase. Trouxe-os porque acredito plenamente neles. Há momentos certos para que coisas aconteçam. Aquilo que alimenta a minha confiança é a forma como os jogadores trabalham, como treinam. E eles têm-me dito todos que se eu quiser eles estão ali.

Estávamos também impedidos de ter o João [Moutinho]. Não estava capacitado, mas sabia que os que iam entrar davam uma boa resposta.»

[Análise ao jogo]

«Portugal tentou assumir o jogo mas a Croácia não deixou. Mas a Croácia também tentou e Portugal não deixou. A Croácia era uma das equipas que melhor tinham jogado na fase de grupos.

Eram duas equipas que iam tentar pegar no jogo mas que iam respeitar-se. Tínhamos preparado a equipa para tentar controlar os pontos fortes da Croácia e aproveitar as suas debilidades. Acho que estivemos muito, muito bem.

Ofensivamente tivemos alguma qualidade, mas temos alguns aspetos para melhorar. Tínhamos preparado um plano que nos permitia tirar partido da subida dos laterais da Croácia.

Na circulação de bola houve momentos em que podíamos ter sido mais rápidos. Não saiu tão bem mas também por mérito da Croácia. Houve uma fase em que passámos muito para o William e a Croácia bloqueou-o. Ao intervalo tentámos rectificar.

Esta era uma final. Vencemos e há sempre alguma felicidade. Houve alguma, mas foi justa. Foi um jogo equilibrado, tirando aqueles quatro minutos finais que foram muito complicados.

[Golo nos últimos minutos do prolongamento] Foi um momento muito difícil para a Croácia recuperar. Tentou tudo, com muita gente dentro da área procurou criar muitos problemas. Já tínhamos o Danilo em campo, que nos podia ajudar no jogo aéreo defensivo. Foram momentos de grande sofrimento, mas acreditei sempre.»

[O apuramento para os quartos de final e a Polónia]

«Não estou eufórico só porque passei esta final. Sei que vou ter outras pela frente. Vamos ter um jogo complicadíssimo com a Polónia.

Gostávamos de ter um futebol atrativo, mas estas competições ganham-se assim. A equipa pode evoluir outros aspectos e é isso que vamos procurar fazer.»