O percurso da seleção nacional de sub-19 no Europeu da Alemanha, que levou os portugueses às meias-finais no primeiro lugar do grupo sem qualquer derrota, já permitiu à formação das Quinas o primeiro objetivo, o apuramento para o Campeonato do Mundo sub-20 na Coreia do Sul em 2017, mas Emílio Peixe sonha com mais.

«Estar na final de um Europeu sub-19 é um privilégio ao alcance de poucos. Eles [os jogadores] estão preparados [para o jogo das meias finais] e com grande vontade de atingir esse objetivo», afirmou o selecionador em declarações ao site da FPF.

Portugal defronta na quinta-feira a França na meia-final, uma equipa que vem de golear a Holanda por 5-1. «Essa goleada pode ter sido, eventualmente, um fator de motivação adicional para os franceses, mas não nos parece que esse resultado seja algo de transcendente. Vimos o jogo [...] e o resultado foi justíssimo. A França apresenta-se com uma equipa muito forte e jogadores que estão inseridos num contexto competitivo muito importante, alguns em grandes clubes da liga francesa. Estão bem identificados com a exigência, a intensidade e este grau de dificuldade», admitiu.

«Estamos preparados para encontrar uma equipa que irá criar alguns problemas difíceis de resolver mas de certeza que eles também já nos viram e sabem que temos tantas possibilidades como eles de estar presentes na final. É esse o nosso grande objetivo», disse ainda Emílio Peixe.

O jogo com a França acontece dois dias depois do último jogo da primeira fase frente à Itália]. «Nos últimos dois dias procurámos uma recuperação total daqueles que mais tempo de jogo têm, a equipa tem respondido bem nos treinos e estamos preparados», frisou.

Há dois anos, esta mesma geração perdeu a meia-final do Europeu sub-17 frente à Inglaterra e Emílio Peixe acredita que a caminhada que se seguiu pode fazer a diferença: «São dois anos a mais, de aprendizagem e evolução. É natural que os jogadores estejam mais perto daquilo que é o exigível na alta competição. Temos uma satisfação enorme por perceber que todos eles têm evoluído ao longo destes anos. É um trajeto natural», afirmou.

Rúben Dias, capitão dos sub-19, fica de fora por castigo, mas Emílio Peixe desdramatiza: «Todos os jogadores são importantes e já tiveram a sua oportunidade. Eles têm de sentir um privilégio muito grande de estar neste contexto competitivo e, sobretudo, de representar um país. Se estão cá é porque são os melhores, porque têm qualidade e porque confiamos neles».