A diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, Helena Borges, revelou que o caso de Fernando Santos «não está encerrado» e vai ter, inclusive, «desenvolvimentos novos», à margem de uma audição na comissão de Orçamento e Finanças na Assembleia da República.

Em causa está o contrato celebrado pelo antigo selecionador e a Federação Portuguesa de Futebol que já ditou uma primeira sentença favorável ao Estado, que obrigou o atual selecionador da Polónia a pagar 4,5 milhões de euros em IRS, mas o caso não vai ficar por aqui.

A responsável respondia a perguntas dos deputados no âmbito de uma audição, solicitada pelo Partido Socialista, «com vista à obtenção de informações sobre a utilização indevida de empresas unipessoais para processamento de rendimentos de trabalho», como foi o caso mais mediático de Fernando Santos que, como já é público, recorreu à empresa Femacosa.

Helena Borges abordou o polémico assunto, mas não se alongou muito sobre o processo porque está ainda sujeito a sigilo fiscal, mas prometeu novidades a curto prazo. A responsável pela tributação de impostos revelou que a investigação da AT não se limita aos dois anos já inspecionados, mas vai estender-se a todo o período de oito anos em que Fernando Santos esteve ao serviço da Federação Portuguesa de Futebol, de 2014 a 2022. «Estenderemos a nossa atuação a todo o período limitado pelo período de caducidade», referiu.

A diretora-geral referiu ainda que, «em relação ao caso que se fala, não são do domínio público todos os detalhes» e que «é um assunto bastante mais complexo do que se pode em poucos minutos discutir». Apesar do sigilo fiscal, Helena Borges revelou que o caso «não está encerrado e terá com certeza desenvolvimentos novos».

Helena Borges disse ainda, sobre este tema, que se trata de «um assunto que continua a merecer a nossa atenção», uma atenção que Autoridade Tributária pretende alargar «a outros setores» da sociedade.