Enquanto a Seleção Nacional se treinava neste sábado pela manhã no relvado principal da Cidade do Futebol, uns metros mais baixo estava o adversário da equipa das quinas na próxima terça-feira.

A seleção dos Estados Unidos está em Portugal desde quarta-feira passada, dia em que cumpriu a primeira sessão de treino em terras lusas. Até terça-feira, dia em que viaja logo pela manhã até Leiria, vai continuar pela zona do Vale do Jamor, alternando sessões de treino entre a casa da Federação e o Estádio Nacional.

Após o treino, Dave Sarachan, técnico de 63 anos que substituiu interinamente Bruce Arena no comando dos norte-americanos após o apuramento falhado para o Mundial 2018, esteve à conversa com os jornalistas e disse o que espera do duelo particular com a equipa das quinas.

«Espero muita energia, muito entusiasmo e penso que o grupo está entusiasmado com esta oportunidade. O nível vai ser bom e com muita energia», começou por dizer.

Sarachan traz para Portugal um grupo jovem, em que mais de metade dos 21 convocados têm menos de 24 anos, sendo que cinco ainda não somam qualquer internacionalização. «Se isso é perigoso contra uma equipa como Portugal? É perigoso contra qualquer equipa. Mas acreditamos que a mistura jogadores veteranos com jovens vai equilibrar as emoções um pouco e vai ajudar. Espero que tenhamos o equilíbrio certo, mas vai ser uma boa experiência de aprendizagem», apontou.

Pela primeira vez desde o México, em 1986, os Estados Unidos não conseguiram apurar-se para um Campeonato do Mundo. Dave Sarachan acredita que as gerações que estão agora a despontar permitem olhar com otimismo para o futuro. «Há jogadores jovens que estão agora a surgir. Muitas seleções passam por ciclos diferentes, como a França, a Espanha... Acredito que temos qualidade suficiente que nos permite encarar o futuro com confiança.»

Ainda aos jornalistas, Sarachan disse ter visto o jogo de Portugal com a Arábia Saudita nesta sexta-feira. «Têm muita qualidade técnica em todas as posições e têm a vantagem de jogarem junto há mais tempo do que este grupo. Mesmo que tenham alguns jogadores novos, entendem-se bastante bem uns com os outros. A velocidade é uma imagem de marca das seleções portuguesas», disse, antevendo uma postura semelhante da equipa das quinas contra os Estados Unidos.

«Espero que Portugal não marque muitos golos, mas espero uma equipa com uma boa intensidade», perspetivou.