Aí está o Campeonato do Mundo, um mês inteiro de futebol no maior dos palcos. Começa com a anfitriã Rússia em campo e logo a seguir, na sexta-feira, entra em cena Portugal, frente a uma Espanha ainda na ressaca do terramoto Lopetegui – o treinador que foi anunciado no Real Madrid e na manhã seguinte afastado da seleção.

O selecionador de um dos favoritos demitido a pouco mais de 24 horas do arranque do Mundial, isso já marcará seguramente este Campeonato do Mundo. Mas muito mais virá. O Maisfutebol junta aqui um guia para ajudar à navegação por estes dias.

Antes de mais, os jogos. Para o calendário completo é por aqui. O Maisfutebol terá, claro, todos os relatos AO MINUTO. E um espaço com tudo reunido, onde pode consultar resultados, notícias, dados de todas as seleções e a história de todos os Mundiais. É por aqui.

Quanto às transmissões televisivas em direto, veja a lista do que será possível ver em canal aberto. A totalidade dos jogos terá transmissão, mas por subscrição na SportTV.

Transmissões de jogos do Mundial em canal aberto:

14 junho

Rússia-Arábia Saudita, Grupo A (16h00,  RTP1)

15 junho

Portugal-Espanha, Grupo B (19h00, RTP1)

16 junho

França-Austrália, Grupo C (11h00, RTP1)

Argentina-Islândia, Grupo D (14h00, SIC)

Peru-Dinamarca, Grupo C (17h00, RTP1)

17 junho

Costa Rica-Sérvia, Grupo E (13h00, RTP1)

Alemanha-México, Grupo F (16h00, SIC)

18 junho

Suécia-Coreia do Sul, Grupo F (13h00, RTP1)

Tunísia-Inglaterra, Grupo G (19h00, RTP1)

19 junho

Colômbia-Japão, Grupo H (13h00, RTP1)

20 junho

Portugal-Marrocos, Grupo B (13h00, SIC)

Uruguai-Arábia Saudita, Grupo A (16h00, RTP1)

21 junho

Dinamarca-Austrália, Grupo C (13h00, RTP1)

França-Peru, Grupo C (16h00, SIC)

22 junho

Sérvia-Suíça, Grupo E (19h00, RTP1)

23 junho

Alemanha-Suécia, Grupo F (19h00, RTP1)

24 junho

Polónia-Colômbia, Grupo H (19h00, RTP1)

25 junho

Uruguai-Rússia, Grupo A (15h00, SIC)

Irão-Portugal, Grupo B (19h00, RTP1)

26 junho

Austrália-Peru, Grupo C (15h00, RTP1)

Nigéria-Argentina, Grupo D (19h00, RTP1)

27 junho

Coreia do Sul-Alemanha, Grupo F (15h00, RTP1)

Sérvia-Brasil, Grupo E (19h00, SIC)

28 junho

Japão-Polónia, Grupo H (15h00, RTP1)

Inglaterra-Bélgica, Grupo G (19h00, SIC)

12 estádios, 11 cidades, muitos milhares de quilómetros

O Estádio Luzhniki, em Moscovo, abre e fecha o Mundial. É lá que se joga a partida de abertura, Rússia-Arábia Saudita, nesta quinta-feira, é lá que será entregue a taça de Campeão do Mundo daqui por um mês, a 15 julho. Tem 80 mil lugares e é o maior dos 12 estádios do Mundial 2018, ques estão divididos por 11 cidades.

Foram quase todos construídos de raíz, à exceção do recinto de Ekaterinburgo e do Luzhniki, embora este tenha sido totalmente remodelado.

Moscovo é a única cidade com dois estádios, os outros espalham-se por um longo território. Entre Sochi, a sul e onde Portugal fará o jogo de estreia com a Espanha, e São Petersburgo, o ponto mais a norte, são 2000km de distância. E de Ekaterinburgo, a cidade mais a leste, ao enclave de Kaliningrado, o palco do Mundial mais a ocidente, são mais de 2400km.

Portugal jogará no Luzhniki o segundo jogo, com Marrocos, e fecha em Saransk, com o Irão, cerca de 4000km percorridos só nos três jogos da primeira fase.

Jogadores e recordes, de Márquez a El-Hadary, passando por Cristiano Ronaldo

Será uma experiência inesquecível para todos os que participarem, seguramente, mas mais novidade para uns do que para outros. Entre os 736 jogadores que estarão na Rússia (e que pode conhecer, um a um, por aqui), há 200 «repetentes», segundo as contas da FIFA. Portugal tem Cristiano Ronaldo a caminho do quarto Campeonato do Mundo – a história do capitão começou em 2006. Na Seleção Nacional destacam-se ainda os veteranos Pepe, Bruno Alves e Beto, que vão para a terceira fase final do Mundial. Em absoluto, a Rússia 2018 prepara-se para alargar a seleta lista de jogadores que jogaram cinco Campeonatos do Mundo. Se entrar em campo, o mexicano Rafa Marquez junta-se aos três únicos jogadores na história que o fizeram: o também mexicano Antonio Carbajal, o alemão Lothar Matthäus e o italiano Gianluigi Buffon.

Mas este Mundial pode bater outro recorde de longevidade. Rafa Márquez, que tem 39 anos, é um jovem ao pé do egípcio Essam El-Hadary, que já se tornou o mais velho de sempre a integrar uma convocatória final para o Mundial, aos 45 anos e cinco meses. Se jogar, bate por larga distância o colombiano Faryd Mondragon, que em 2014 tinha 43 anos e três dias quando entrou em campo no Brasil frente ao Japão. El-Hadary é mais velho que... três dos selecionadores no Mundial: Roberto Martinez (Bélgica), Aliou Cissé (Senegal) e Mladen Krstajic (Sérvia). Já agora, o australiano Daniel Arzani, com 19 anos e cinco meses, será o mais jovem jogador na Rússia.

Cristiano Ronaldo também pode entrar para um clube muito restrito, mas agora falamos de golos. Ronaldo apontou um golo em cada um dos Mundiais que jogou, três golos em 13 jogos. Se voltar a marcar na Rússia, será apenas o quarto jogador da história a fazer golos em quatro Campeonatos do Mundo, depois dos alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose e de Pelé. Dos jogadores que estão na Rússia também Rafa Márquez e o australiano Tim Cahill podem igualar esse registo. Messi não: o argentino vai para o quarto Mundial, mas ficou em branco em 2010.

Klose é o maior goleador de sempre em Mundiais, com os seus 16 golos entre 2010 e 2014. Dos jogadores que estão na Rússia o mais próximo de se aproximar desse registo é o seu compatriota Thomas Muller: tem 10 golos em fase finais, ele que foi o melhor marcador do Mundial 2010, com cinco golos. 

O segundo jogador na Rússia com mais jogos em Mundiais é o colombiano James Rodríguez, que foi por sua vez o melhor marcador do Mundial 2014. Seguem-se Lionel Messi, Gonzalo Higuain, Luis Suarez e Tim Cahill, todos com cinco.

Inglaterra ou a força da Premier League, mais o caso fora do normal de Portugal

Olhando agora por outra perspetiva para os jogadores que estão no Mundial, sobressai claramente Inglaterra. É a única seleção que tem os 23 jogadores a atuar no seu campeonato, com a Suécia no extremo oposto, sem um único jogador da sua Liga. Portugal é, por força das circunstâncias no Sporting, um caso fora do normal. À partida para o Mundial havia seis jogadores da Liga portuguesa nos 23 de Fernando Santos. Mas os quatro jogadores do Sporting rescindiram entretanto com os «leões». Resta Rúben Dias, jogador do Benfica, e ainda Ricardo Pereira, convocado como jogador do FC Porto mas que entretanto já assinou pelo Leicester.  

Lá está, Inglaterra. A força da Premier League no Mundial vê-se pelos clubes de origem dos jogadores. Jogam no campeonato inglês 174 dos 736 jogadores, sendo o Manchester City em absoluto o clube mais representado na Rússia, com 16 jogadores – um deles, Bernardo Silva, na seleção nacional. Seguem-se Real Madrid (15) e Barcelona (14), depois Chelsea, PSG e Tottenham, todos com 12.