Depois da estreia nas convocatórias da Seleção AA e de ter marcado o golo da vitória da equipa sobre a Argentina, Raphael Guerreiro garantiu estar a viver «um sonho» difícil de explicar.
 
«Soube da minha chamada à seleção antes do jogo com o Paris Saint-Germain. Quando soube, fiquei no céu. Após o jogo, e apesar da derrota desapontante, ainda estava nas nuvens. É estranho estar rodeado de grandes jogadores que estou habituado a ver apenas na televisão», afirmou o internacional português em entrevista ao site do Lorient.
 
Raphael foi o Guerreiro inesperado no cartaz da batalha de estrelas

O jogador luso-francês elogiou o esforço feito por todos os elementos da seleção no sentido de o integrar e fazer sentir cómodo num novo grupo, realçando o papel específico de alguns jogadores, como Adrien Silva e, em especial, Pauleta.
 
«Eu sempre fui um pouco tímido, mas todos os jogadores e dirigentes fizeram tudo para que me integrasse da melhor maneira. Falaram-me em português e tentei responder da melhor maneira possível. O Adrien, que também fala francês, e o Pauleta foram fundamentais para a minha rápida adaptação. Ninguém ali é arrogante como muitas vezes afirmam nos jornais», garantiu.
 
Questionado sobre a continuidade na lista de convocados de Fernando Santos e uma eventual presença no Europeu 2016, em França, Raphael Guerreiro admitiu que esta era, muito provavelmente, uma oportunidade única de se evidenciar e que a queria aproveitar da melhor forma.
 
«Devido à vaga de lesões dos jogadores da minha posição talvez esta tenha sido uma oportunidade única para me mostrar e fazer as coisas bem. Quando somos reconhecidos pelos principais jogadores é sempre bom. O Pepe, por exemplo, disse que ficou surpreso com o meu desempenho. É um bom presságio e espero continuar», disse o lateral esquerdo.
 
«Tenho feito uma progressão muito boa. Quando comecei como profissional, no Caen, o treinador dizia-me que eu era uma alternativa aos titulares. De repente, ganhei a confiança dele e ganhei o meu lugar. Hoje, já assinei contrato com o Lorient da primeira liga», concluiu.