Cristiano Ronaldo deixou saudades no Andorinha, o clube onde começou a jogar, e que sauda agora o regresso do melhor do mundo à Madeira, onde joga nesta terça-feira com a seleção nacional um particular frente à Suécia.

«Ele é de cá. O coração e a alma dele são madeirenses. Vai ser uma alegria enorme vê-lo no estádio a jogar na sua terra pela seleção. Mais do que tudo, fico feliz e satisfeito em ver a boa pessoa em que ele se tornou e também ver a evolução fantástica que ele tem tido como pessoa e como jogador», diz Duarte Santos, presidente do clube onde Ronaldo jogou entre os sete e nove anos, em declarações à Lusa.

O dirigente, que estará no Estádio do Marítimo a assistir ao jogo, conta que Cristiano nunca jogou no atual recinto do Madalena, mas num «pedaço» de campo na Madalena, e diz que o jogador, «obediente mas também desobediente» naquele tempo, sempre teve a família muito presente. «Era um miúdo normal, traquina, irrequieto, gostava de jogar à bola, era obediente e também desobediente. Nasceu num bairro, o que cria um caráter diferente, porque obriga a lutar pelas coisas. A família sempre foi lutadora. O pai, a mãe e as irmãs sempre presentes, acompanhavam os jogos e era tudo em família», recorda.

Rui Alberto Silva, funcionário do clube, também se recorda de Ronaldo criança e destaca o talento, mas também a obsessão pelo jogo: «Ele já jogava muito bem à bola. Começava já desde a manhã, mais os miúdos do Andorinha, e passava o dia inteiro a jogar. Tinha o dom para a bola e é por isso que é o melhor jogador do mundo e merece-o. Aos 32 anos, já ganhou o que queria ganhar.»