Diogo Dalot integrou esta segunda-feira os trabalhos da seleção de Sub-20 que, nos próximos dias, vai defrontar a Alemanha e a Inglaterra, em jogos de preparação para a fase final do Mundial da categoria. No dia em que completou vinte anos, o lateral falou da experiência que está a viver no Manchester United, a saída de José Mourinho e a recente eliminação da Taça de Inglaterra diante dos «portugueses» do Wolverhampton.

Em primeiro lugar, a seleção. Portugal começou esta segunda-feira a preparação para a fase final do Campeonato do Mundo que vai decorrer, no final de maio, na Polónia. Portugal joga primeiro na Alemanha, em Sandhausen, no dia 22, depois recebe a Inglaterra, no dia 25, em Penafiel.

«Estes jogos representam muito. Voltar a estarmos todos juntos, poder ter a oportunidade rever os colegas de todos estes anos de seleções. É voltar a pôr em contato as experiências que temos vivido para o nosso objetivo, que é entrar bem no Mundial», começou por referir.

Na fase final, Portugal está integrado num grupo exigente que conta com Argentina, Coreia do Sul e África do Sul. Foi nesse sentido que Hélio Sousa também optou por testes difíceis com a Alemanha e Inglaterra. «São seleções que por si só são seleções muito fortes. Temos de nos focar naquilo que é o nosso trabalho e preparar-nos bem porque será este nível que vamos encontrar no Mundial», comentou.

A fase final arranca a 23 de maio, altura em que alguns clubes ainda vão estar em competição e, aos contrários destes particulares, a prova não se realiza em datas FIFA, pelo que os clubes não estarão obrigados a libertar os atletas para as seleções. «Estou aqui hoje e estou sempre disponível para ajudar a seleção e o meu cube. O que vai acontecer no final da época é impossível prever, depende dos calendários de cada um, mas no que depender de mim a disponibilidade é total», referiu.

O lateral trocou o FC Porto pelo Manchester United e tem vindo a conquistar o seu espaço no onze da equipa inglesa. Uma experiência que só enriquece a seleção. «Traz evolução. Todos nós temos vivido experiências diferentes, agora é trazer tudo para aqui para mutuamente nos podermos ajudar uns aos outros. Trazer isso tudo para um fim que é ganhar os jogos», destacou.

Dalot tem sido titular e está a viver uma experiência marcante, a jogar num estádio como o histórico Old Trafford, também conhecido como o «Teatro dos sonhos». «É um sonho como o próprio nome diz. São momentos inesquecíveis. Acredito que todos os que estão aqui lutam para jogar nesses palcos. São experiências únicas para se viver», comentou.

No Manchester United, Dalot já jogou em várias posições. Normalmente joga no lado direto da defesa, mas já jogou no lado contrário, mas também como médio e como extremo. O jovem internacional quer é jogar. «Sinto-me bem é a jogar, claro que há posições em que te sentes mais confortável, mas a partir do momento em que estás em campo, tens de saber aquilo que tens de fazer, independentemente das posições. Tento ajudar ao máximo, estou sempre disponível para jogar», referiu.

O Manchester United tem vivido uma temporada difícil, com altos e baixos. Mesmo nas ultimas semanas, qualificou-se para os quartos de final da Liga dos Campeões e, logo a seguir, foi afastada da Taça de Inglaterra pelo Wolverhampton. «São experiências. São momentos em que temos de estar preparados nas nossas carreiras, são momentos que o futebol tem e, para mim, foram sem dúvida experiências únicas porque nunca as tinha vivido. Fazem-me crescer», destacou.

Na seleção de sub-20, Dalot reencontrou precisamente Vinagre, jogador do Wolverhampton de Nuno Espírito Santo. «Se lhe dei um calduço? Claro! Tive a oportunidade de falar com ele e com os outros portugueses no final do jogo. Foi um momento bom para eles, menos positivo para mim, mas a partir do momento em que entramos na seleção, isso fica para fora», destacou.

Dalot é, nesta altura, o único português no Manchester United, um cenário bem diferente do Wolverhampton que, além do treinador, tem oito jogadores portugueses. Dalot sentiu isso mesmo no último jogo no Estádio Molineux. «Senti o carinho que eles têm pelos jogadores portugueses É gratificante poderes estar a jogar e, quando o jogo está parado, olhar para as bancadas e ver bandeiras portuguesas por todo o lado. É gratificante é sinal que o jogador português está a evoluir muito bem», contou.

Outro momento marcante no Manchester United foi a saída de José Mourinho e a entrada de Ole Solskjaer. «São momentos. Claro que a partir do momento que há uma mudança de treinador, há coisas que podem mudar. Tentei estar preparado para isso e focar-me em trabalhar todos os dias para merecer a oportunidade e tenho conseguido», comentou ainda.