Fernando Santos deixou de fora do Mundial 2018 dez jogadores que fizeram parte da Seleção Nacional que se sagrou campeã europeia em 2016.

O selecionador nacional admitiu que lhe custou deixar de fora todos os jogadores que, lembrou fizeram história em França há dois anos.

«Se foi uma decisão difícil? Seguramente. Não levar Éder, não levar André Gomes, Nani... Todos esses jogadores que escreveram uma página brilhante do futebol português. Mas na minha função profissional, tenho de escolher aqueles que no momento melhor compõem este puzzle. Procurei cingir-me aí exclusivamente e não em questões de gosto pessoal e de amizade pessoal: esse foi o meu critério.»

Fernando Santos comparou ainda esta convocatória à de 2016, no Europeu. «Foi tão difícil escolher para o Campeonato do Mundo de 2018 como foi em 2016. Também foi extremamente difícil. Quando vamos começando a cortar, a filtrar, torna-se mais complicado. À semelhança do Euro 2016, esta convocatória deu muitas dores de cabeça a mim e à minha equipa técnica até há duas ou três horas, quando finalizámos a convocatória», acrescentou.

Segundo o selecionador nacional, é importante pôr o plano desportivo acima de qualquer laço afetivo com os jogadores na altura da escolha. «A dificuldade também passa muito pelo sentimento. Como profissional, tenho de tomar as decisões que tenho de tomar, não agradando a todos. Mas no aspecto humano custa-me deixar de fora todos os jogadores que participaram no Europeu e que ainda estão no ativo: e são vários», disse, referindo que outro lote de jogadores que não estiveram no Euro 2016 e que até nem tiveram muita influência na fase de apuramento para a Rússia mereciam estar entre os eleitos.