A Seleção Nacional bateu, esta sexta-feira, a Letónia por 3-0, na sexta jornada do Grupo B da fase de qualificação para o Mundial 2018. 

A história deste triunfo de Portugal em Riga, frente à Letónia, tem Cristiano Ronaldo como personagem principal. O capitão da equipa das quinas bisou e assistiu num triunfo selado por André Silva.

Esta vitória, aliada a novo triunfo suíço, deixou tudo igual no topo do Grupo B. Portugal está obrigado a vencer todos os jogos até ao final da fase de qualificação para se apurar de forma direta para o Mundial da Rússia.

FICHA DE JOGO

Pepe foi baixa de última hora na equipa de Fernando Santos que mudou seis jogadores em relação ao amigável com o Chipre. Ainda assim, nem a acutilância de Guerreiro na esquerda ou a capacidade para ter bola de William e André Gomes foram garantias de uma entrada forte de Portugal na partida. Muito pelo contrário. A velocidade e verticalidade de Gelson tardavam em aparecer, Ronaldo parecia alheado do jogo tamanha a dificuldade em fazer a bola ultrapassar a bem organizada muralha da Letónia. Valia a defesa, esta noite com Bruno Alves, a controlar a melhor entrada da Letónia.

Embora tenha entrado melhor, a seleção letã demonstrou sempre grandes dificuldades criar perigo no último terço. Quiçá por falta de qualidade nos jogadores da frente ou simplesmente por falta de inspiração. Quem aproveitou foi Portugal que, após alguns calafrios, começou a tomar conta do jogo.


A equipa de Fernando Santos usava e abusava dos cruzamentos para área e teimava em procurar os corredores laterais. Sempre sem sucesso e sem causar perigo. A exepção foram mesmo os dois «safanões» no jogo saídos dos pés de Ronaldo.

Apesar disso, Portugal chegou mesmo ao golo no cair do pano da primeira parte, por intermédio de Cristiano Ronaldo. José Fonte atirou de cabeça ao poste esquerdo da baliza de Vanins, tendo sobressaído depois o instinto goleador de Ronaldo que apareceu a encostar para o fundo da baliza deserta da Letónia.

Aparentemente, o mais difícil para Portugal estava feito. Ainda assim, o início da segunda metade demonstrou precisamente o oposto.

Momentos de desconcentração, perdas de bola e muitos passes errados alimentaram as ténues esperanças da formação letã. Laizans, de livre direto mostrou ousadia e vontade de alterar o rumo dos acontecimentos, mas Patrício mostrou-se à altura e fez a defesa da noite.

No espaço de cinco minutos e já com Quaresma em campo - entrada muito positiva - Portugal desfez as dúvidas em relação ao vencedor do encontro. Ronaldo, a aproveitar um ressalto após cruzamento de Quaresma, apontou o seu segundo golo no jogo e o 11º nesta fase de qualificação para o Mundial. Notável, diga-se. Depois ainda assistiu André Silva para o terceiro e último golo da partida.

Nos vinte minutos finais, João Moutinho assumiu a batuta do jogo garantindo que Portugal roubava a bola à Letónia e controlava o ritmo do jogo. Contudo, destaque para a vontade de Ronaldo nesta fase da partida. Nunca se mostrou satisfeito e quis sempre mais. Aliás, como é seu apanágio. O jogador do Real Madrid queria o «hat-trick» e, por isso, fartou-se de solicitar bolas na frente para voltar a marcar.
Embora ainda tenha disposto de duas ocasiões soberanas para marcar, não voltou a fazer balançar as redes contrárias.

Numa exibição cinzenta em vésperas do 10 de junho, voltou-se a cumprir Portugal carregado nos ombros de Ronaldo.