José Fonte trocou em fevereiro passado o West Ham de Inglaterra pelos chineses do Dalian Yifang.

O central português, campeão europeu há dois anos em França, garantiu que, apesar de estar agora a atuar num campeonato de menor projeção, a competitividade é grande.

«Na China joguei quase todas as semanas contra grandes avançados. Todas as equipas chinesas têm grandes avançados e não é fácil jogar lá com a qualidade que algumas equipas apresentam», disse em conferência de imprensa na Cidade do Futebol.

Fonte garantiu ter pesado os prós e contras de ir jogar para a China, mesmo estando consciente de que o novo passo dado à carreira poderia custar-lhe o afastamento do lote dos 23 de Fernando Santos para o Mundial 2018.

«Nunca tive garantias de nada, mas a decisão que tomei foi ponderada. Tinha estado lesionado durante algum tempo e precisava de jogar com regularidade. Sabia que, se ficasse em Inglaterra, provavelmente ia voltar a jogar mais cedo ou mais tarde, mas temos de ponderar tudo na nossa carreira e na nossa vida em certos momentos. Tomei a decisão de ir para a China, num novo projeto e numa nova aventura e sabendo que, jogando, poderia ter a possibilidade [n.d.r.: de ser chamado].

Recorde-se que em novembro de 2017 José Fonte foi operado a um pé, tendo falhado vários meses de competição. Por força do infortúnio, o experiente central chega a esta fase da época com menos quilómetros nas pernas, o que até pode ser uma mais-valia. «Sinto-me bem, sinto-me fresco, porque fiz apenas 17 ou 18 jogos nesta época. Fui operado e estive quatro meses parado, mas agora sinto bem, com energia.»