O selecionador nacional, Fernando Santos, mostrou-se esta segunda-feira satisfeito com o resultado do encontro de sábado na Arménia, mas admite que a exibição deixou a desejar. 

«Houve momentos que nem consegui ver, foi muito difícil. Foi um resultado excelente, nunca tínhamos vencido na Arménia e é um resultado que permite ficar mais perto do Europeu», afirmou Fernando Santos, na conferência de imprensa de antevisão do particular de terça-feira frente à Itália, que vai decorrer em Genebra, na Suíça.

Fernando Santos destacou o «espirito de sacrifício» dos seus jogadores, sobretudo após a expulsão de Tiago, a meio da segunda parte. «Depois desse lance, os jogares deram uma resposta fantástica. Antes, não conseguimos controlar o jogo como o devíamos fazer. Falhámos em aspetos estratégicos e foi por isso que o jogo não correu tão bem».

«Não fizemos um grande jogo, nem um bom jogo, mas o resultado foi fantástico», acrescentou o selecionador.

O técnico frisa que Portugal tem como principal objetivo conquistar o Europeu do próximo ano, em França, e enalteceu a qualidade dos jogadores lusos. «Eu acredito que sim, podemos vencer. Esta equipa se estiver altamente concentrada sempre, com a qualidade que tem, dificilmente alguém vai conseguir ganhar-lhe. Essa é a minha convicção», frisou.

Cristiano Ronaldo fez cinco dos sete golos da fase de qualificação para o Europeu de 2016, em França, os três frente a Arménia. Questionado sobre se existe uma dependência em relação a Ronaldo, Fernando Santos respondeu: «O Real Madrid é uma das equipas que mais golos faz na Europa e mais de 50% são de Ronaldo. Os grandes jogadores são por norma determinantes. As equipas acabam por aceitar isso com grande naturalidade. Acontece com Ronaldo e com outros grandes jogadores».
 
«O Ronaldo tem essa capacidade de fazer sentir que a equipa não depende só dele. E isso é muito importante. Ele sabe que sozinho não vai resolver nada», referiu ainda.

Na terça-feira, Portugal defronta Itália em Genebra, em duelo de caráter particular. Fernando Santos lembra nesta altura da época «não é fácil» encontrar motivação, mas garantiu: «Neste jogos, a motivação tem que ser o país. Vamos jogar com uma camisola com o escudo de Portugal, perante milhares de emigrantes, isso tem de nos tirar o cansaço».