Fernando Santos, selecionador nacional, em declarações na conferência de imprensa após o empate de Portugal com o México (2-2) no arranque da Taça das Confederações:

[Sobre o mau início de jogo]

«Inexplicavelmente não conseguimos ligar dois ou três passes. Foram assim os primeiros 20 minutos. A equipa do México é muito ofensiva e defensivamente tem alguns problemas. Depois não fomos capazes de responder à mobilidade e à dinâmica do México da mesma forma. Permitimos que eles conseguissem circular a bola. [Mas] Não criaram muitas oportunidades.»

[Sobre a segunda parte]

«Depois das alterações [n.d.r.: Adrien e Gelson] equilibrámos o jogo, passámos a ter mais bola e jogo ficou muito mais equilibrado. Depois lançámos o André [Silva] para vencer o jogo. Fizemos o segundo golo, podíamos ter morto o jogo e não matámos.

Mas penso que o resultado acabou por ser justo. O México fez um bom jogo, mais conseguido do que propriamente o nosso.»

[Os erros cometidos e mais sobre a análise ao jogo]

«Temos de os emendar. Entrámos em 4x4x2. Obviamente que sabíamos que a equipa do México tinha superioridade no meio-campo, mas tínhamos preparado isso. Um dos avançado baixava um pouco e os outros jogadores encostavam. Penso que as coisas, como as desenhámos, teriam corrido bem. Mas deixámos muito espaço e quando tínhamos bola demorámos muito tempo a circular. E quando o México tinha a bola nós tínhamos de correr.

Os jogadores também não são máquinas. Na segunda parte melhorámos. Estes jogadores têm muita qualidade e eu confio neles. Não tenho razões nenhumas para não confiar.»

[Sobre o vídeo-árbitro, usado duas vezes em lances de Portugal]

«Esta é a nova regra e se isso trouxer benefícios ao futebol tudo bem. Mas acho que ainda ninguém percebe muito bem esta regra. Parece que o golo foi invalidado por uma jogada um pouco mais para trás. É um pouco confuso... Vamos aceitar: é assim a regra.»

[Houve cansaço de Portugal?]

«Não me parece que houvesse cansaço. O México é uma equipa muito dinâmica e nós não conseguimos ter bola, que é o que conseguimos fazer muito bem: ter bola e retirar energia ao adversário. Quando conseguimos fazer quatro/cinco passes criámos muitas dificuldades ao México.»