O sorteio do Euro 2017, em sub-21, colocou a seleção sérvia na rota de Portugal, o que significa que o conjunto de Rui Jorge terá pela frente a maior parte da geração que foi campeão do mundo de sub-20 em 2015.

Andrija Zivkovic e companhia, que brilharam na Nova Zelândia e bateram o Brasil na final, conseguiram o apuramento para a fase final no playoff, depois de terem ficado atrás da Itália no grupo 2, por apenas um ponto. Em 10 jogos, os jovens sérvios venceram sete, empataram dois (com a Squadra Azzurra) e perderam apenas na Eslovénia, num jogo em que não contaram com o tridente ofensivo mais forte, incluindo o goleador Djurdjevic, que apontou oito golos na qualificação. 27 golos marcados, oito sofridos e muitos jogadores utilizados.

No playoff, a Sérvia enfrentou a Noruega e o fator casa foi decisivo: triunfo por 2-0 com mais um golo de Uros Djurdjevic. A deslocação ditou a segunda derrota desta caminhada (1-0), mas num jogo que podiam ter resolvido facilmente na primeira parte, não fosse a pontaria estar desafinada. 

Para além de Andrija Zivkovic, há mais dois sérvios encarnados que podem ser chamados por Tomislav Sivic: Jovic e Saponjic, eles que jogaram alguns minutos na qualificação. Do onze-tipo (que pode ver abaixo), apenas dois elementos não estiveram na maior conquista do futebol sérvio.

Treinador: Tomislav Sivic

No currículo conta apenas com uma Taça da Liga húngara, ao serviço do Diósgyor em 2013/14, mas 2017 pode ser ano para acrescentar um título ao currículo. Esta é a sua terceira passagem pelas camadas jovens da seleção sérvia, sendo que a primeira, entre 2002 e 2005, ainda Montenegro fazia parte do país. Nesses três anos orientou os sub-17 e os sub-19, depois saiu para treinar Smederevo, Vozdovac e Kecskemeti e regressou em 2010 para os sub-19 e subiu aos sub-21 como interino, escalões que liderou simultaneamente com o último clube mencionado. Em 2011 seguiu para o Hajduk Kula, antes de rumar à Hungria para treinar o Paksi e o Diósgyor, até 2015. É selecionador sub-21 desde essa data.

Aos 50 anos, Sivic tem em mãos uma seleção muito promissora, com talentos que já estão em grandes clubes europeus e que foi campeã do mundo de sub-20, em 2015. Pelo que se percebeu da qualificação, arma a sua equipa em função do adversário, resguardando-se com um pivot defensivo em jogos mais equilibrados (como será com Portugal e Espanha) e colocando em campo um figurino muito ofensivo nos restantes (como deverá ser com a Macedónia).

Estrela: Andrija Zivkovic (Benfica)

O extremo do Benfica merece o destaque, contudo também um alerta. A qualidade e o talento está lá, mas a falta de jogos pode levá-lo a perder espaço na seleção. É o jogador que tem mais capacidade para desequilibrar defesas e dar brilho ao jogo desta seleção dos balcãs, só que a ausência de competição pode fazer com que Sivic tome outras opções, que abundam. Ninkovic, Cavric e até Ozegovic estão à espreita por um lugar ao sol.  Se chegar ao Europeu e jogar ao nível que demonstrou no Mundial 2015, no qual foi um dos melhores jogadores a par de Adama Traoré (Barcelona) e Gabriel Jesus (Manchester City), então os sérvios podem alimentar a esperança de voltar ao topo do futebol. 

Tal como Zivkovic, merecem destaque Milinkovic-Savic, médio da Lazio que já fez 12 jogos esta época pelos italianos e que marcou três golos no apuramento, e o avançado do Partizan, Uros Djurdjevic.

Equipa-tipo: