Adrien Silva, Quaresma e André Silva jogaram de início frente ao Irão, naquelas que foram as três alterações introduzidas por Fernando Santos no onze. Ora por isso quis saber-se se a aposta nos três seria para manter.
«Quem responde a isso são os jogadores dentro de campo. No Euro 2016 jogadores como Adrien e Renato Sanches não começaram a titulares, mas acabaram no onze. Agora imaginem que o Renato Sanches não tinha respondido tão bem. Aliás, primeiro coloquei-o no meio, frente à Áustria, ele não responde tão bem, saiu da equipa, depois meti-o à direita, correspondeu e ficou», começou por recordar.
«Eu não tenho nenhum onze na cabeça. Só há um jogador que tem lugar. Todos os outros têm de responder.»
A verdade, porém, é que os jogadores pareceram responder. A maior dúvida estará em André Silva, aliás. Sobre o avançado do Milan, o selecionador também não deu uma resposta conclusiva: joga ele ou regressa Gonçalo Guedes?
«Vai depender da equipa do Uruguai. Há uma diferença entre jogar com a Espanha e jogar com o Irão. Na minha opinião, jogar contra a Espanha, que é uma equipa mais subida e muito móvel na frente, é diferente de jogar com o Irão, que praticamente joga em vinte metros, muito recuada», referiu.
«Perante o adversário, posso pensar em utilizar um jogador mais rápido que me faça mais diagonais, ou ter um jogador que me segure mais a bola e jogue dentro de área. Vamos ver a partir de agora.»
Certo é que Fernando Santos espera que as exibições vão melhorando com o decorrer no Mundial. O que não significa que os jogadores conquistem por isso a titularidade.
«Os jogadores têm que crescer com a equipa e a equipa tem que crescer com os jogadores. Mas temos de entender que as equipas não se constroem à base de nomes», sublinhou.
«Há três momentos mais claros para toda a gente no futebol: o momento defensivo, em que não tens bola e tens de defender bem, o momento ofensivo, que é o jogo de ataque, e as bolas paradas. Não podes fazer uma equipa para cada momento, por isso tens de encontrar um equilíbrio global.»
