Portugal defronta  Hungria neste sábado, a partir das 19.45 horas, no Estádio da Luz, num jogo muito importante da fase de apuramento para o Mundial 2018: afinal de contas a Hungria esteve no último Europeu e é um forte candidato a estar também na Rússia.

Fernando Santos fez aliás questão de referir que a Hungria está a voltar aos bons velhos tempos, com princípios de jogo, aliás, muito semelhantes aos que tinha há cinquenta anos.

«A Hungria vem muito de uma escola que sempre teve e que está a reaparecer. Lembro-me que no meu tempo a Hungria tinha grandes equipas, de grande qualidade técnica e que agora está a reaparecer», começou por dizer.

«É uma equipa que está a recuperar esses princípios, que quer jogar, que gosta de ter bola, que joga em posse e que é formada por jogadores de qualidade técnica. Mas vai encontrar um adversário que quer vencer e por isso acredito que a maior parte das vezes vai ter de jogar em contra-ataque.»

Esse foi aliás um ponto fundamental. Trata-se de uma seleção que gosta de ter a bola, mas que este sábado vai ter se adaptar a outro estilo de jogo.

«Acredito que vão ter de jogar algumas vezes em contra-ataque, e vamos procurar com que a Hungria tenha de jogar mais assim do que em ataque organizado. Mas esta equipa da Hungria não é uma equipa com essas características, gosta de jogar, de sair com posse de bola, com dois médios muito interventivos no jogo, o Gera e o Nagy, que gostam de ter bola e atacar», acrescentou.

«Já fizeram isso connosco no Europeu e não acredito que não seja igual a si própria. Mas sabemos que no contra-ataque também é perigosa mas estamos preparados para isso.»

Na memória de todos está, obviamente, o 3-3 do último jogo da fase de grupos em França.

«O jogo no Europeu foi muito atípico, havia uma ansiedade muito grande da parte dos meus jogadores, amanhã também será um jogo importante mas não é tão decisivo», frisou.

«A Hungria já estava apurada para a fase seguinte, não jogou com a pressão dos pontos, jogou mais livre e isso empurrou-a para a frente. No futebol é preciso defender bem e atacar bem e é isso que vamos fazer.»

Questionado sobre que jogadores da Hungria destacava, Fernando Santos foi conservador.

«Para mim mais importante do que as características individuais dos adversários são os pontos fortes do adversário e a Hungria é muito forte coletivamente.»