Fernando Santos não tem dúvidas, André Silva pode ser uma referência na seleção nacional, mas tudo vai depender da sua evolução.

Na conferência de imprensa que sucedeu à convocatória para os embates com Gibraltar e Suíça, este último relativo ao apuramento para o Mundial 2018, o selecionador nacional justificou as entradas e saídas dos convocados, com especial atenção no avançado do FC Porto, estreante em chamadas tal como João Cancelo.

«Dá outras possibilidades de jogo. É um nº 9 mais clássico, um jogador de mais classe, como referência de área tínhamos menos, mas depende da sua evolução. Já está há muito tempo nas nossas atenções e achámos que era importante chamá-lo agora para ver como ele vai evoluir», apontou o técnico, comentando também a chamada do lateral do Valencia.

«São jogadores que fizeram parte do lote de 30 jogadores definidos antes do Europeu. Estabelecemos cerca de 50 jogadores, sem o grupo estar fechado. É importante ter um leque e depois estar atento a outras opções. Perante as ausências, estes são jogadores que achamos que devíamos convocar».

Outra das dúvidas prendia-se com a chamada ou não de Renato Sanches, algo que se veio a verificar. O médio agora no Bayern Munique ainda não competiu com a equipa bávara mas Fernando Santos garantiu ter recebido indicações positivas sobre o jogador.

«Já está convocado para o jogo de hoje. O treinador não ia convoca-lo se achasse que não estava em condições. Não vejo razão para não estar aqui», atirou o selecionador, salientando também que o primeiro critério de seleção se baseou no facto de os jogadores estarem ou não a treinar com as equipas, e não tanto na questão de estarem a competir.

«Se o critério fosse jogar, a maioria não podia estar aqui. Não foi por aí que assentámos os critérios, mas sim o de treinar com a equipa, quer o Pepe, quer o Eliseu. Na próxima convocatória passa um mês e as competições estão mais adiantadas, o critério será outro.»