À margem da convocatória para o duplo compromisso com a Hungria e a Suécia, Fernando Santos sublinhou a importância de um bom resultado frente aos húngaros na fase de apuramento para o Mundial da Rússia em 2018.

«É um jogo de fundamental importância. Só a vitória interessa. Vamos enfrentar um adversário forte. Há três equipas que têm a ambição de estar na fase final do Mundial da Rússia: Portugal, Hungria e Suíça. Este é um dos adversários diretos em relação a esse apuramento e, por aí, percebe-se a importância deste jogo», começou por explicar o selecionador nacional.

Depois de um empate a três bolas na fase de grupos do Europeu, Portugal reencontra a Hungria, agora para a 5.ª jornada do Grupo B do apuramento para o Mundial. Fernando Santos não quer repetir as dificuldades sentidas no jogo do verão passado, no qual a equipa das quinas correu sempre atrás do marcador. «Vamos fazer tudo para que cause menos dificuldades, [mas] encerrará sempre dificuldades. A Hungria é uma equipa forte que vai criar obstáculos. Conhece-nos minimamente como nós a eles, mas tudo vamos tentar retificar algumas questões desse jogo [no Euro] para que consigamos alcançar, com maior ou menor dificuldades, aquilo que queremos, que é vencer o jogo.»

Ainda sobre a Hungria, Fernando Santos disse não perspetivar muitas alterações no conjunto magiar relativamente à que marcou presença no Euro. Não espero uma Hungria muito diferente de França. É uma equipa que gosta de sair a jogar, de ter bola, uma equipa com qualidade em termos ofensivos e que procura defender bem. Sabemos os pontos fortes da equipa da Hungria, os pontos menos fortes, mas não acredito que seja muito diferente da que nos defrontou porque a convocatória aponta nesse sentido.»

E acrescentou: «Vamos ter uma equipa da Hungria que não virá jogar só para o ponto. Mas acredito que vamos obrigá-los a defender mais do que a atacar.»

O selecionador nacional relativizou ainda a importância de uma vitória expressiva para um possível desempate no confronto direto no final da campanha para o Mundial. «Todos os treinadores querem ganhar e, se possível, com muitos golos. Mas o fundamental é ganhar. É nisso que nos vamos focar. Sabemos que não vai ser um jogo fácil e não podemos partir do pressuposto de que vamos marcar muitos golos. O importante é mesmo ganhar: não fazer muitos golos e não vencer», apontou, lembrando o referido empate no Euro 2016.