Fernando Santos já sabe o que pretende para o jogo com os Estados Unidos. O selecionador afirmou esta segunda-feira que gostava de ver em ação, nesta jornada de dois jogos particulares, todos os jogadores convocados, mas antes de mais quer ganhar.

«Há jogadores que jogaram com a Arábia Saudita e que vão jogar outra vez. Mas não será a mesma equipa, isso não. Vão jogar de início, e vão entrar depois, jogadores diferentes do que aconteeu em Viseu», referiu.

«Se tiver oportunidade, todos ou muito perto de todos os que aqui estão irão jogar. Se não for possível, se o jogo não o permitir, paciência. O que sei é que vai jogar uma equipa forte como a que jogou em Viseu e que vai querer premiar o povo português que vai estar aqui. Pelo que sei já vamos perto das quinze mil pessoas, espero que venham mais, porque deste lado vai estar uma equipa que vai dar tudo para os satisfazer.»

Os Estados Unidos, acrescentou, representam uma dificuldade superior ao que foi a Arábia Saudita, apesar dos americanos não estarem apurados para o Mundial. Por isso vai ser um bom teste para Portugal.

«São dois adversários diferentes, são dois tipos de futebol com características diferentes e também por isso é que os escolhemos. Os Estados Unidos têm um jogo mais objetivo, mais rápido, com jogadores muito técnicos ao nível do passe e da receção, não fazem aquele futebol direto para a frente», frisou.

«Por isso vamos ter de estar ao nosso nível. Vamos ter de defender bem e depois com a qualidade individual dos jogadores fazer golos e ganhar o jogo.»

No entanto, e mesmo se não puder utilizar todos os jogadores convocados, Fernando Santos garante que o mais importante já foi alcançado: integrar os atletas que são convocados menos vezes e ver como se safam em contexto de treino e de convívio.

«Não temos muito tempo para trabalhar no relvado, por isso o trabalho é muito feito ao nível de conversas e não de treino. A matriz da equipa, o futebol que queremos desenvolver, enfim, tudo isso é passado em conversas com jogadores», adiantou.

«O que é importante é criar mais o hábito de estar, estar em estágio, estar em treino, interiorizar o que é o nosso jogo. A maior parte destes jogadores tem grande traquejo, joga a Liga dos Campeões, tem qualidade individual e isso permite-nos concentrarmo-nos noutras vertentes do nosso jogo.»