Fernando Santos participou esta quarta-feira no The Future of Football, o congresso sobre futebol organizado pelo Sporting, e foi questionado sobre o abraço que mais o marcou na ressaca do título europeu.

«O que mais me marcou foi o abraço dos meus filhos a seguir à final», revelou.

«O abraço dos meus filhos, o abraço da minha família e o abraço dos portugueses.»

O selecionador admitiu de resto que demorou muitos dias a perceber a grandeza do que tinha alcançado e a descer das nuvens: nunca pensou que fosse tão difícil voltar a colocar os pés no chão.

Pelo caminho revelou dois momentos que nunca esqueceu da aventura em França.

«Quando fui uma vez a Marcoussis perguntei a uma senhora se aquilo era uma vila com muitos portugueses e ela disse-me que não, que só havia dois portugueses. Depois, quando chegámos para disputar o Europeu, só vi duas bandeiras portuguesas nas janelas. No fim, quando viemos embora, 80 por cento das casas tinham bandeiras portuguesas. Isso marcou-me: levar os portugueses a sair da toca e a gritar com orgulho que são portugueses», referiu.

«O segundo momento que me marcou foi a receção em Portugal. Não tanto pelo aeroporto, que é normal. Marcou-me quando chegámos ao Largo do Rato e começámos a descer para a Avenida da Liberdade ver os senhores todos de fato e gravata, e de pasta na mão, na rua a gritar Portugal, Portugal, Portugal. Marcou-me porque aí percebi que este feito era de todos os portugueses.»