Fernando Santos fez esta sexta-feira a antevisão à partida com a Nova Zelândia, da última jornada do Grupo A da Taça das Confederações.

O selecionador nacional destacou as dificuldades criadas pelos neozelandeses frente aos dois outros adversários do grupo, mas mostrou-se confiante no triunfo este sábado.

«Esperamos muitas dificuldades, mas acreditamos que vamos vencer o jogo. A Nova Zelândia criou muitas dificuldades aos outros dois adversários e vão querer mostrar a qualidade diante dos campeões europeus»

«Quando sabem que Cristiano vai jogar ficam muito motivados, é normal, não há jogadores como ele no outro lado do mundo. Temos sempre muitas pessoas atentas. Como disse o selecionador neozelandês, haverá 4 milhões de neozelandeses que vão estar atentos. Obviamente toda a gente quer ver Cristiano Ronaldo, até eu (risos)»

«É uma equipa que luta muito, com jogadores de qualidade e experiência, bem como o treinador. Em campo mostra essa capacidade de trabalho, alguma qualidade técnica. Complicou muito a tarefa do México, fruto da sua qualidade. É preciso ter muita atenção à nova Zelândia porque mostrou que pode criar surpresas e não podemos estar distraídos», começou por referir o técnico.

Fernando Santos admitiu ainda que vai proceder a alterações na equipa e expressou alguma preocupação com o facto de ambos os laterais esquerdos não estarem em condições para ser opção.

«Jogar no final da época de três em três dias ou menos, obviamente que não é fácil, é preciso gerir os jogadores e fazer alguma rotação, ver como os jogadores se sentem. Isso é mais fácil quando tenho um grupo de jogadores em que confio. Sei que vão estar focados e com espírito de equipa. Durmo sempre bem com qualquer opção, felizmente. Agora, alguma rotação terá que haver»

«O Raphael Guerreiro não vai estar. Felizmente, a lesão não é tão grave como parecia. Continua connosco e poderá ainda jogar no torneio. O Eliseu tem uma síndrome gripal e tem estado em tratamentos. Vamos esperar. Temos mais 24 horas. Seja quem jogar, tem a minha confiança absoluta»

«O grupo de trabalho está em total união comigo, sabemos o que queremos e vamos tentar seguir em frente, jogo a jogo, mas sempre com a confiança de ganhar. Sempre nos assumimos como candidatos, chegar ao limite da vitória, e é isso que vamos procurar fazer»

«Rússia e Nova Zelândia são equipas diferentes em muitas coisas, tirando o facto de jogarem ambas com três centrais. O estilo da Nova Zelândia está mais perto do futebol inglês, embora também esse seja diferente daquele que referenciamos. Isso não nos permite tirar mais ou menos conclusões. Candidatos sempre fomos, mas não favoritos», sublinhou.

O técnico voltou a ser questionado acerca do estilo de jogo da equipa portuguesa, a qual muitos acusam de não ser «bonito». Em resposta, Fernando Santos voltou a dar também o seu parecer sobre essas opiniões.

«Portugal sempre jogou bem, senão não podia ser campeão europeu. Eu percebo essa leitura, mas isso não pode ser verdade. Ninguém pode ser campeão se não ganhar pelo menos quatro jogos. Nos jogos a eliminar, se não se ganhar perde-se. Portugal esteve sempre bem preparado, tanto que disputou três prolongamentos e venceu, o que foi uma coisa fantástica», indicou.

Acerca do vídeo-árbitro, o selecionador disse novamente que é a favor de tudo o que possa ajudar no espetáculo, mas salientou a importância de analisar essas decisões no final.

«Neste momento a regra é esta e vamos ter de perceber isto. Mas é preciso fazer um balanço, ver o que é positivo e negativo. Acho que o vídeo-árbitro pode ajudar no jogo, mas depois também tem de se pensar no espetáculo. Terá de ser visto depois, mas sei que todos querem o melhor para o futebol», concluiu.