Portugal está obrigado a vencer a Rússia para manter o apuramento para as meias-finais da Taça das Confederações bem encaminhado, depois do empate no jogo inaugural com o México. Pela frente terá um adversário galvanizado pela estreia vitoriosa e pelo fator casa: a Rússia.

Mas há mais.

O lado histórico não deixa margem para dúvidas: em quatro jogos fora de portas, as quinas nunca conseguiram sair da Rússia a sorrir. Aliás, não marcaram mesmo qualquer golo, sendo que o melhor registo aponta para um nulo em 2005, na caminhada para o Mundial da Alemanha.  

Antes, dois desaires em fases de apuramento. Nos anos oitenta, Portugal sofreu cinco golos da extinta União Soviética, em plena corrida ao Campeonato da Europa de 1984. Já nesta década, a formação lusa voltou a viver novo desaire (1-0), na luta por um lugar no Mundial 2014.

Apesar do pesadelo russo-soviético, Portugal acabou sempre por alcançar as fases finais em questão.

O último embate entre portugueses e russos aconteceu em novembro de 2015, com Roman Shirokov a decidir um particular disputado em Krasnodar. Na altura, Fernando Santos era selecionador e as quinas já tinham carimbado passaporte para o Europeu de França.

O cenário muda quando Portugal joga em casa. Nas três vezes que se deslocaram a solo luso, os russos saíram sempre derrotados. Destaque para uma goleada de 7-1 sofrida em Alvalade, corriam os primeiros jogos da qualificação para o Mundial 2006. Cristiano Ronaldo e Petit bisaram, enquanto Pauleta, Deco e Simão também contribuíram para uma das vitórias mais expressivas de sempre da seleção portuguesa.

No cômputo geral, os campeões europeus contabilizam seis vitórias, um empate e três derrotas perante a Rússia, incluindo 14 golos marcados e nove sofridos.

Portugal e Rússia abrem na próxima quarta-feira a segunda jornada do grupo A da Taça das Confederações. Uns tentam o primeiro triunfo na prova, outros podem garantir o acesso às meias-finais. A partida disputa-se na Arena Otkrytie de Moscovo e arranca às 16h00 de Lisboa.