A FIGURA: Cristiano Ronaldo

O capitão da equipa das «quinas» chegou aos 71 golos por Portugal. Num jogo em que a formação portuguesa entrou algo apática perante uma Suécia que mostrava mais atitude e empenho na discussão dos lances, o madeirense fez a diferença ao anotar o primeiro golo do jogo com um movimento de antecipação que já lhe vimos fazer inúmeras vezes ao longo da sua quase já longa carreira. O tento, na sequência de um passe fantástico de Gelson, empolgou os mais de 10.400 adeptos que lotavam o «Caldeirão» dos Barreiros e pintou a festa com os tons que todos os madeirenses queriam ver.

 

O MOMENTO: auto-golo ao cair do pano

O jogo bem podia ter terminado empatado só para não estragar a festa dos madeirenses. Só que os suecos não estavam para isso. É certo que Cancelo fez o auto-golo que ditou o resultado, mas foi a persistência sueca em sair da Madeira com uma vitória que acabou por decidir o resultado. A vitória voou com a equipa nórdica. A festa de Ronaldo e dos madeirenses ficou algo incompleta.

 

OUTROS DESTAQUES:

Gelson Martins: o extremo do Sporting rubricou uma excelente primeira parte. Talvez pudesse mesmo ser considerado a figura do jogo, pelo que fez na primeira parte. Mas tal destaque tinha de ser dado a Ronaldo, pelo golo que marcou, e no local onde o fez, a sua terra natal. Gelson assistiu, de «trivela», o capitão para o primeiro golo de Portugal e ainda fez o cruzamento que originou o segundo, que acabou em auto-golo do guardião.

Danilo: o médio defensivo do FC Porto jogou apenas meia parte, tempo suficiente para mostrar a Fernando Santos que é um concorrente sério à disputa da titularidade com William Carvalho. Fez dois ou três cortes providenciais, em que exibiu grande poder de arranque e velocidade, e até chegou a fazer de central.

Eliseu: no primeiro tempo, a Suécia procurou a sua «ala» com alguma insistência, mas o lateral do Benfica esteve quase sempre à altura das investidas suecas. Ainda teve tempo para aproximar-se da frente. Fica na retina uma arrancada que originou um desequilíbrio na defensiva sueca que poderia ter criado mais perigo. Pena o passe para o colega ter saído com  muita força.

Claesson: o extremo sueco foi o elemento mais perigo da equipa na primeira parte e, a espaços, também na segunda. Sempre muito veloz e oportuno a criar espaços, redimiu-se do golo quase certo que falhou no primeiro tempo ao «bisar» com os tentos empataram a contenda.