Estrela: Gelson Martins
Entrou a cerca de meia hora do fim, e de imediato agitou com o jogo. Ao ponto, aliás, de ter sofrido a falta dentro da área que permitiu a Ivo Rodrigues fazer o golo da marca de grande penalidade e de ter rematado para a recarga de André Silva no segundo golo. Criativo, rápido e atrevido no um contra um, agitou o futebol da equipa e mostrou ser forte opção para o onze inicial.
 
Positivo: Janio Bikel
O médio de origem guineense foi notícia quando revelou uma história pouco comum: nunca teve escola e jogava nas ruas de Massamá quando assinou pelo Heereveen, da Holanda. Depois disto, só uma coisa: deve haver muita qualidade nas ruas de Massamá. É tecnicamente bom, é forte, é duro e tem um futebol adulto. Rematou por duas vezes com muito perigo, aliás.
 
Momento: Ivo Rodrigues de penálti
Estavam decorridos 68 minutos quando Portugal chegou por fim ao golo: de penálti, Ivo Rodrigues abriu o marcador. Um prémio justo para o capitão da Seleção Nacional, um jogador que foi igual a ele próprio: irreverente e dinâmico, procurando a bola em vários locais do terreno. Ainda tentou o remate de fora da área, na primeira parte, mas a bola saiu à figura do guarda-redes uzbeque.
 
OUTROS DESTAQUES:
 
Gonçalo Guedes
É o jogador sobre o qual caem todos os olhares. O destaque que tem tido no Benfica B, e que conduziu à promoção ao plantel principal, justificam a exigência. Gonçalo Guedes não teve uma tarde perfeita, mas mostrou a boa capacidade técnica uma e outra vez. Rematou para a melhor ocasião da primeira parte, por exemplo. Depois sofreu uma entrada assassina e saiu de maca.
 
Nuno Santos
Cuidado com este miúdo. É realmente um craque. Entrou a quinze minutos do fim e precisou apenas de cinco minutos para deixar a marca no jogo. Primeiro numa excelente passe de trinta metros, que isolou Gelson Martins na direita. Depois num remate de fora da área, que obrigou o guarda-redes do Uzbequistão a grande defesa. É rápido, furioso e muito pragmático. Promete, de facto.
 
João Palhinha
Teve uma oportunidade para se mostrar, num meio campo onde existe realmente muita qualidade, e fez tudo para a agarrar. Foi o jogador por quem passou mais jogo: duro e agressivo na recuperação, iniciou praticamente todas as saídas para o ataque. Bem a defender, sobretudo na conquista da bola, precisa de melhorar na qualidade de passe para ser opção no meio campo.
 
Estrela
O miúdo que trocou os juniores do Benfica pelos americanos do Orlando City é um daqueles jogadores que respira muito bem em campo: com passada larga e movimentos seguros, faz-se notar de imediato pela forma como enche o campo. Tem agressividade na procura da bola, o que é essencial para um trinco, e boa capacidade de passe. Com ele em campo a Seleção Nacional melhorou.