Figura: Ivo Rodrigues
Um bom jogo do extremo que o FC Porto emprestou ao V. Guimarães: entrou para o onze por troca com Gonçalo Guedes e foi o que sempre costuma ser, um extremo muito intenso. A entrar sempre no jogo, a pedir a bola, a tentar criar soluções de ataque. A estreia a titular foi celebrada por dois golos: o primeiro num pontapé de bicicleta espetacular, o segundo num cabeceamento bem feito.
 
Positivo: André Silva
Outra vez ele. Não dá para ser de outra forma. Fez um golo que permitiu abrir o caminho para a vitória, num excelente golpe à ponta de lança, na zona de finalização, mas fez mais do que isso: foi a bússola que guiou os companheiros. Serviu de referência ofensiva, saiu a jogar fora da zona de remate e apareceu a ganhar várias bolas na área para finalizações que ameaçaram a baliza do Qatar.
 
Momento: Gelson Martins a desbloquear
É um miúdo cheio de talento, em todos os sentidos da afirmação: ainda tem muito que crescer para se tornar mais consequente, mas tem técnica, velocidade, atrevimento e vai sempre para cima dos adversários. É certo que nem sempre é feliz, mas a maior parte das vezes consegue sê-lo: esta madrugada, por exemplo, inventou com génio a assistência para o golo inaugural de André Silva.
 
OUTROS DESTAQUES:
 
Francisco Ramos
Entrou na equipa inicial por troca com Raphael Guzzo, não tem a técnica ou o toque de classe do colega, mas este jovem do Porto B tem outras coisas: intensidade e fiabilidade. Joga sempre no mesmo tom, corre muito, dá intensidade ao jogo. Foi fundamental, por exemplo, no segundo golo.
 
Nuno Santos
Continua a ser um caso de estudo: entra em campo e apresenta de imediato resultados. Frente ao Senegal, em cinco minutos, recorde-se, fez um golo e uma assistência. Esta madrugada, da primeira vez que tocou na bola, cruzou para Ivo Rodrigues marcar. É um claro candidato à titularidade, claro.
 
João Vigário
Uma estreia muito feliz do avançado do V. Guimarães B. Só precisou de quatro minutos em campo para cumprir aquilo que lhe pagam para fazer: golos. Aproveitou uma jogada de Ivo Rodrigues para fugir à marcação e rematar dentro da área ao ângulo. Um golo à ponta de lança, obviamente.
 
Podstawski
É um jogador absolutamente fundamental nesta seleção. Um capitão na dimensão da palavra. No centro de uma seleção solidária e com um grande sentido comunitário, Podstawski é o exemplo: na atitude e na voz de comando. Ótimo a preencher espaços, a fazer compensações e a unir as pontas.
 
Rony Lopes
Continua a alternar bons pormenores com momentos de apagamento dentro do jogo. É um jogador de equipa, não é um elemento desequilibrador, e por isso não se lhe pode pedir o que ele não costuma fazer. Mesmo assim acabou por ser precioso na forma como participou no segundo golo.
 
Riquicho
Outro bom jogo do lateral direito da seleção. Não tem o balanceamento ofensivo de Rafa do lado esquerdo, por exemplo, mas destaca-se noutros pormenores. Impecável nos aspetos defensivos, sempre muito confiável, surgiu até uma série de vezes a compensar os centrais. Nada a apontar-lhe.