Choveu um golo do céu para a Seleção Nacional bater o México no penúltimo encontro de preparação para o Mundial 2014. Portugal teve melhorias em relação ao jogo com a Grécia no setor ofensivo, mas perante uma equipa mais atacante que aquela orientada por Fernando Santos, a seleção também passou por demasiados calafrios e Eduardo saiu como figura da madrugada portuguesa. 

FICHA DE JOGO  

Houve algumas boas notas para Paulo Bento: a primeira parte de Éder está entre elas e um novo zero nas redes nacionais também. Nos apontamentos do selecionador estará, também, a agressividade que a equipa ainda não tem.

Portugal surgiu no relvado com quatro alterações em relação ao jogo com Grécia e uma inovação: Neto, Moutinho, Vieirinha e Fábio Coentrão saltaram para o onze, com o último a jogar como um dos três  médios. André Almeida continuou como lateral-esquerdo.

A seleção começou por baixo na partida, mas melhorou com o passar dos minutos. O México chegou pressionante. Subiu no terreno e enquanto Coentrão e Veloso não acertavam na comunicação a meio-campo, o jogo no Gillette Stadium foi da seleção norte-americana, ainda que sem perigo.

Portugal apareceu ao minuto 13. Vieirinha recebeu na direita, puxou para a esquerda e rematou para defesa de Corona. O primeiro dos dois guarda-redes que o México utilizou voltaria à ação pouco depois. Por essa altura, Éder confirmava que é uma opção mais do que credível no ataque.

É verdade que faltou o golo ao ponta de lança do Sp. Braga, mas as movimentações e a forma como conseguiu criar espaços redundaram num desempenho bastante bom. O primeiro lance surgiu de cabeça, para fora. O segundo após passe de Coentrão que Corona defendeu. Mais tarde, dois novos eventos: um remate em rotação ao lado, e uma cabeçada que não atingiu o alvo, mas que deixou os mexicanos avisados. Havia perigo em Éder.

Pelo meio, a seleção deu muito espaço para as subidas de Layun, um lateral/médio, mas o melhor que o adversário fez foi um remate para fora de Guardado.

Ora, o segundo tempo mudou a ideia. Portugal tinha tido as melhores ocasiões em 45 minutos, mas Eduardo teve de vir em resgate da equipa no segundo tempo.

Com a equipa portuguesa a cair de intensidade, bem menos agressiva do que o México, os norte-americanos começaram a ganhar espaços na zona frontal.

Eduardo defendeu aos 48, 62, 68 e 89. Quatro intervenções de luxo, muitas delas a remates do portista Herrera, e que só tiveram correspondência numa de Ochoa. Coentrão permitiu a defesa do mexicano aos 49 minutos.

As substituições de Paulo Bento foram, sobretudo de gestão de esforço e disciplinar. Vieirinha tinha saído queixoso do primeiro tempo e deu lugar a Varela; Coentrão já dava sinais de exaustão e saiu para dar posto a Rafa; João Pereira estava com um cartão amarelo e Ruben Amorim voltou a ser lateral-direito por minutos. Houve ainda a troca Éder/Postiga.

Praticamente no último lance, Moutinho teve ocasião para bater um livre. Bruno Alves desmarcou-se do segundo para o primeiro poste e num cabeceamento tão incrível como o salto que deu, o central atirou para o golo, sem hipóteses de Ochoa.

Em suma, Portugal fez uma parte melhor do que o jogo com a Grécia. Apesar da melhor entrada do México conseguiu controlar a partida até ao segundo tempo. Aí, o meio-campo português cedeu e os mexicanos podiam ter aproveitado. O empate talvez se aceitasse, mas a exibição de Eduardo mereceu o golo de Bruno Alves.