Portugal apurou-se para o Europeu de sub-19 ao bater a Polónia por 3-1 e no final do jogo Hélio Sousa sublinhou a dificuldade deste apuramento.

«Os apuramentos são sempre sofridos, mais ainda em competições curtas como esta. Defrontámos três equipas com qualidade, com bons jogadores, já com uma boa identidade de jogo. Nós estamos em crescimento, tivemos um jogo não tão conseguido [Turquia] e não foi possível chegar ao último jogo a depender só de nós, como era o nosso objetivo.»

O selecionador elogiou a exibição dos seus jogadores esta terça-feira: «Apresentámos muito mais qualidade do que nesse jogo, muito similar ao do primeiro jogo, tivemos as melhores oportunidades de golo no início da partida, a Polónia depois equilibrou, a equipa passou por um momento difícil, mas teve um equilíbrio emocional enorme, foi à procura do empate e conseguiu.»

Esse equilíbrio emocional foi sublinhado na conferência de imprensa: «Sabíamos que a segunda parte ia ser uma 'montanha russa' de emoções e lidar com elas ia ser decisivo e conseguimos ser superiores ao adversário. Fizemos o 2-1 e o 3-1, o que nos deixou tranquilos para esperar o outro resultado, que, felizmente, nos foi favorável.»

Portugal está no Euro e qual será o objetivo de Hélio Sousa? «Vamos ter que esperar pela sorte, e acreditamos que ela existe, pelo sorteio, para ver se ficamos num grupo que nos pode dar mais probabilidade de estar na meia-final e, aí, tudo pode acontecer. Agora é preparar a equipa, ver que adversários nos calham, e lutar pelo primeiro lugar, sabendo que o segundo também nos dará uma meia-final, para a equipa se superar e procurar a excelência como apresentamos aqui hoje, se assim for estamos em condições de vencer qualquer adversário.»

Rui Pedro: «Momentos finais foram de uma ansiedade brutal»

Rui Pedro foi o herói do jogo, ao marcar dois golos, e no final falou aos jornalistas: «A eficácia foi decisiva, foi um jogo complicado, a equipa sabia que não dependia só de si, mas melhor que ninguém sabíamos da nossa qualidade e tínhamos que ganhar este jogo desse por onde desse. Entrámos muito bem no jogo e o treinador, como sempre faz, deu apoio à equipa ao intervalo, disse-nos para continuarmos assim que as oportunidades de golo iriam parecer e foi o que aconteceu.»

O avançado do FC Porto salientou também o controlo emocional: «Os momentos finais foram de uma ansiedade brutal, porque a equipa queria saber do resultado da Turquia, porque se eles ganhassem não passaríamos independentemente do nosso trabalho aqui.»