Portugal deve chegar ao fim de 2014 no sétimo lugar do ranking da FIFA, dois pontos abaixo da posição em que começou o ano. Ainda assim, bem melhor do que a 11ª posição em que chegou a estar. Um olhar para a hierarquia das seleções no final do ano atesta de resto à evidência o fim do ciclo da Espanha, que começou na frente, perdeu no final do Mundial 2014 uma liderança que durou 33 meses e acaba no limite do «top 10».


A FIFA divulgará na próxima semana o ranking de novembro, atualizado depois da ronda dos jogos de qualificação da Europa e África, bem como de muitos particulares pelo mundo fora. Será na prática o fechar de contas do ano, que em termos competitivos não terá muito mais que contar em termos internacionais. O ranking contabiliza os resultados dos últimos quatro anos, com os anos mais distantes a terem gradualmente menos peso e, ainda que seja apenas uma ferramenta contabilística, serve de referência para uma análise às alterações de equilíbrio de forças ao longo do ano.


Para Portugal, a evolução do ranking acompanha o sentimento de um ano de emoções mistas. Depois de começar o ano no quinto lugar, a seguir à reta final de apuramento para o Mundial que terminou de forma épica com o play-off na Suíça, a Seleção Nacional chegou a estar em quarto lugar. Era essa a sua posição em junho, antes de começar o Campeonato do Mundo.


O top 20 em junho de 2014, pré-Mundial




Mas chegou julho e o Brasil mudou muita coisa. Para Portugal, uma única vitória em três jogos e o adeus na fase de grupos representou no ranking uma queda de sete lugares, para 11º. O início da nova época, com a derrota frente à Albânia a abrir a corrida ao Euro 2016, não ajudou. Portugal só voltou ao top 10 depois da vitória sobre a Dinamarca, já com Fernando Santos no banco.


No topo do ranking, o Campeonato do Mundo assinalou o momento em que a Espanha perdeu a liderança para a nova campeã do mundo, a Alemanha. Um enorme tombo para a Roja, eliminada na primeira fase e oitava no primeiro ranking pós-Mundial. E a partir daí seria sempre a descer.

O top 20 em julho de 2014, pós-Mundial





Em outubro, no último ranking oficial divulgado pela FIFA, a Espanha estava no 10º lugar. Os cálculos estimativos para o ranking de novembro permitem antecipar que vá subir uma posição, para nono lugar, apesar da simbólica derrota no particular com a Alemanha que fechou o ano. Que representou, de resto, a primeira derrota caseira da Roja em oito anos e 34 jogos.


Mas houve vencedores no Mundial. 2014 deu ao top 20 da hierarquia de clubes novas seleções, como a Costa Rica ou a Argélia, duas das grandes surpresas do Brasil. Os Ticos começaram o ano na 32ª posição e vão acabá-lo no 17º lugar, uma subida de 15 lugares. E os africanos estarão em novembro no 18º lugar, bem acima do 27º de janeiro.


Entre as equipas que mais cairam na hierarquia, além da Espanha, está a Grécia. Apesar de ter chegado aos oitavos de final do Mundial 2014, ainda com Fernando Santos, a horrível campanha de apuramento para o Euro 2016, com apenas um ponto em quatro jogos, deve atirar os campeões europeus de 2004 para o 24º lugar em novembro, eles que começaram o ano na 12ª posição. Grande queda também para os Estados Unidos, adversários de Portugal no Mundial 2014. Do 14º lugar de janeiro de 2014, deverão chegar a novembro na 26ª posição.


O top 20 de janeiro de 2014




O top 20 de outubro de 2014




Estimativa para o top 20 de novembro de 2014:


1 Alemanha (1ª em outubro)
2 Argentina (2ª)
3 Colômbia (3ª)
4 Bélgica (4ª)
5 Holanda (5ª)
6 Brasil (6º)
7 França (7º)
7 Portugal (9º)
9 Espanha (10º)
10 Uruguai (8º)
11 Itália (11º)
12 Suíça (12º)
13 Chile (13º)
14 Inglaterra (2oº)
15 Roménia (21º)
16 Rep. Checa (22º)
17 Costa Rica (16º)
18 Argélia (15º)
19 Croácia (14º)
20º México (17º)