Declarações de Fernando Santos, selecionador de Portugal, após a vitória por 2-1 sobre o Egito, em Zurique, em jogo amigável:

«Primeira parte, Portugal foi melhor, mas com nuances menos corretas, principalmente no aspeto ofensivo. Alguma falta de jogo interior, o João [Mário] e o Bernardo [Silva] tiveram demasiado agarrados às linhas e o que tínhamos planeado, sempre que houvesse movimento, quer do Cristiano, quer do André, era que o João e o Bernardo viessem entrelinhas buscar a bola e criar jogo interior, para podermos envolver os laterais no jogo ofensivo. Não fizemos isso bem. É verdade que fomos melhor, mas não criamos grandes oportunidades de golo na primeira parte. Mas penso que pelo caudal e pela forma como jogámos na primeira parte, podíamos ter feito mais, com mais jogo interior.»

«Tentei retificar isso ao intervalo, mas na segunda parte acabámos por não entrar tão bem. Depois o jogo ficou mais partido, acabamos por sofrer um golo num lance em que faltou alguma agressividade defensiva. A partir daí, tivemos 15 minutos muito difíceis.»

«Valeu a partir dos 35 minutos da segunda parte, a atitude dos jogadores. A equipa subiu, procurou e com capacidade. Nos últimos dez minutos, criou quatro oportunidades, fez dois golos, a felicidade também faz parte de quem a procura.»

«Houve períodos em que foi um bocadinho à pressa, mas nos últimos 15 minutos, a equipa conseguiu ser mais junta, fez com que a equipa do Egito perdesse mais bolas.»

[Sobre para que servem estes jogos]

«Estes jogos não servem para avaliar a qualidade individual. São outras questões: a forma como os jogadores se adaptam à estratégia da equipa, aquilo que nos tem para dar de diferente em relação a outros, o espírito de grupo, o serviço do coletivo e depois em jogo, é importante vê-los em jogo.»

[Sobre Cristiano Ronaldo]

«O Ronaldo é isto, é golo, é golo.»