Nome: Josef «Sepp» Maier

Data de nascimento: 28 de Fevereiro de 1944

Nacionalidade: Alemão

Posição: Guarda-redes

Período de atividade: 1960 a 1979

Clubes representados: TSV Haar e Bayern de Munique

Principais títulos conquistados: Campeão Mundial em 1974; Campeão Europeu em 1972; 3 Taças dos Campeões Europeus (73/74, 74/75 e 75/76); 1 Taça Intercontinental (76). 4 títulos de campeão da Alemanha (1968/69, 71/72, 72/73 e 73/74). 4 Taças da Alemanha (1966, 67, 68 e 71). Melhor jogador alemão em 1975, 1977 e 1978

Chamavam-lhe o gato, pela imensa agilidade e pela aparente leveza de movimentos que o fazia cobrir a baliza com facilidade insuspeita. O aspeto imponente impressionava quando se posicionava em frente às redes, mas a imagem que marcou os amantes do futebol foram os seus calções compridos e negros, que esvoaçavam a cada estirada de elasticidade. «Sepp» Maier associou-se, desde muito cedo, aos sucessos do Bayern Munique e atravessou todos os momentos mais marcantes da história do clube.

As finais foram uma constante na sua carreira. Perdeu algumas, mas venceu muitas mais e quando aos 35 anos abandonou o futebol prematuramente, por força de um acidente de viação - podia gabar-se de ser um dos poucos futebolistas a ganhar tudo o que havia para ganhar: foi campeão mundial e europeu de clubes e Seleções.

Foi contratado pelo Bayern aos 22 anos, quando atuava no TSV Haar, e foi-lhe logo atribuído o nº1. Nesse mesmo ano foi integrado na comitiva que viajou até Inglaterra para disputar o Campeonato Mundial de 1966, embora fosse a terceira escolha. Chegou a ser hipótese para a final, dado que os alemães desconfiavam das qualidades do titular Tillkowski, mas uma lesão acabou por afastá-lo do encontro.

O seu momento chegou quatro anos depois e prolongou-se até ao final da carreira, tapando durante uma década outros valores germânicos (como Manglitz, Kapelmann, Kleff. Burdenski, Kneib e Kargus), já que a vaga na seleção só voltou a ficar disponível para Schumacher no Europeu de 1980.

No México 70 assumiu o lugar, estreou-se em Mundiais no jogo com Marrocos, sofrendo o primeiro dos 19 golos nas três fases finais em que participou, e esteve na série de quatro vitórias que levou a Seleção à meia-final, na qual foi derrotada pela Itália (3-4). O jogo para definir o terceiro lugar, com o Uruguai, foi o único em que não alinhou num período de oito anos, uma vez que a baliza foi entregue a Wolter Horst.

Em 1972 conquistou o seu primeiro grande título internacional, o de campeão Europeu, em Bruxelas, após derrotar a União Soviética (3-0). Mas o grande momento da sua carreira foi quando a Alemanha se sagrou Campeão Mundial em 1974, com a final (2-1 à Holanda) a realizar-se no seu Estádio Olímpico de Munique. Até chegar ao derradeiro jogo ultrapassou cinco adversários (sofreu uma humilhante derrota com a RDA, 0-1, carregada de simbolismo político), mantendo a baliza inviolada em quatro dos sete jogos nesse Mundial.

Jogar em Munique era o cenário ideal para Maier e os seus colegas do Bayern Beckenbauer, Breitner e Gerd Muller, ainda por cima quando tinham de enfrentar a emergente «Laranja Mecânica». Maier foi o primeiro a ser testado, quando logo ao primeiro minuto o árbitro assinalou uma grande penalidade a favor da Holanda. Não conseguiu evitar o golo de Neeskens, mas a partir daí manteve a baliza inviolada com uma fantástica exibição.

A capital da Baviera era então o centro do futebol europeu. Já com três títulos europeus de clubes (consecutivos) e uma Taça Intercontinental, e dois anos depois de falhar a revalidação do título europeu de selecções (perdeu a final no desempate por penalties com a Checoslováquia) Maier marcou presença no Mundial da Argentina em 1978.

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