Considerado dispensável pelo F.C. Porto, Sérgio Organista encontrou em Pontevedra a confiança necessária para explanar o seu futebol. Maduro e competitivo, é agora o capitão de equipa dos sub-21 e uma voz respeitada entre os seus companheiros. Para ele, a Polónia é «muito forte colectivamente» e possui no ataque «excelentes executantes». Para o médio, o mais importante é «entrar bem no jogo» e acreditar «até ao fim» que a vitória é possível.
«Não acredito que eles venham cá jogar com uma mentalidade ofensiva. Vão refugiar-se na defesa e esperar pelo empate. Ainda assim, fortes, unidos e com paciência vamos tentar ganhar a partida», avisa, recusando depois aceitar o epíteto de «favorito». «Falar em favoritismo é complicado. As equipas teoricamente mais pequenas já trabalham ao nível das maiores e superam-se muitas vezes. O estado do terreno favorece o nosso futebol e mas vamos aguardar.»
Já há muitos anos um «habitué» nos trabalhos das selecções jovens, Sérgio Organista considera estar a ser feito «um bom trabalho» na formação do futebol português e desmistifica as muitas saídas de atletas para o estrangeiro. «Nestes últimos tempos têm aparecido muitos jogadores jovens nas equipas portuguesas e isso mostra que está a ser feito um bom trabalho. Os que saem para o estrangeiro, fazem-no à procura de novas oportunidades, como é o meu caso. Nem sempre é possível estarmos onde queremos.»