Na conferência de imprensa após o desaire na Supertaça Europeia frente ao Manchester City (5-4gp), o treinador do Sevilla, José Luis Mendilibar, mostrou a sua frustração em relação às possíveis saídas dos jogadores Bono e Acuña do clube.

O guarda-redes marroquino deve rumar ao Al Hilal de Jorge Jesus, enquanto o lateral argentino - antigo jogador do Sporting - está a caminho do Aston Villa.

O técnico espanhol expressou o seu desagrado com a forma como os negócios estão a ser conduzidos e lançou críticas a alguns clubes envolvidos nas transferências: «É uma incerteza total até 1 de setembro. Não sabemos o que pode acontecer: quem vai chegar, quem vai sair... É lamentável. Não entendo como isto está montado desta forma, mas é o que temos. Na época passada, disse que tínhamos bons jogadores e que gostaria que pelo menos esses bons jogadores ficassem. Parece que será impossível, porque estão a interferir de todos os lados.»

Mendilibar também criticou as abordagens dos clubes aos jogadores e a falta de comunicação direta com o clube. «O normal seria que eles saíssem. Falam com os jogadores antes de falar com o clube, chegam a um acordo com os jogadores antes de falar com o clube, oferecem migalhas ao clube... mas enganam o jogador. Perante isto, é muito difícil. Estão a fazer isto com um jogador que tem dois anos de contrato, por exemplo [tanto Bono como Acuña têm contrato até 2025], e estão a criar problemas por aí. Dizem que existem penalizações e coisas do género, mas não vejo isso bem», disse.

Quanto à situação de Bono e Acuña, Mendilibar mostrou preocupação: «Bono? Ainda não se despediu, mas está pendente. Acredito que ele vai sair, não sei se antes de Vitoria [n.d.r. Mendilibar refere-se à cidade de Vitoria-Gasteiz, onde irá defrontar o Alavés na próxima segunda-feira] ou não, mas parece que as portas da Arábia estão abertas para ele. Já disse à direção após a temporada passada que, se não conseguirmos melhorar, que nos deixem como estamos, estamos satisfeitos com o que temos. Mas estas situações em agosto, até 1 de setembro, deixam tudo em aberto. Não faz sentido, não sei quem tem de intervir para resolver isto antes do início da temporada.»