O FC Porto conquistou esta terça-feira na Ucrânia um precioso ponto, que vale, para já, a liderança do grupo H da Liga dos Campeões, num jogo de sofrimento e preserverança, em que os dragões poderiam ter conseguido a vitória, não fossem os erros defensivos. 

O relato ao minuto e a ficha do Shakhtar-FC Porto  

Julen Lopetegui voltou a apostar na rotatividade da equipa. Com Oliver a regressar após lesão, Marcano subiu no terreno para fazer o papel de trinco, mas a maior surpresa foi a titularidade de Aboubakar para o lugar de Jackson, que ficou no banco. Julen Lopetgui explicou mais tarde que o avançado colombiano «não estava a 100 por cento».

A primeira parte do encontro foi pautada pelo equilíbrio. Ambas as equipas apostavam no ataque em velocidade para criar perigo. Aboubakar, Tello, e Brahimi, tentavam para o FC Porto. Srna, Tison, e Douglas Costa, eram os mais perigosos do Shakhtar.

Com ocasiões de parte a parte, a maior de todas foi para o FC Porto, que teve uma grande penalidade favorável aos 34 minutos. Chamado a converter, Brahimi bateu denunciado, para Pyatov defender.

O intervalo chegou com o empate a zero, apesar da superioridade do FC Porto.

Na segunda parte, logo aos 51 minutos, após uma incrível perda de bola de Oliver na área para Kucher, este colocou em Alex Texeira, que só teve de empurrar para fazer o 1-0.

O FC Porto acusou o golo, foi-se abaixo. O Shakhtar baixou as linhas. Queria segurar a vantagem. Lopetegui mexeu então na equipa. Tirou Aboubakar e Marcano para fazer entrar Quintero e Jackson, os obreiros da recuperação.

Quintero começou a rematar logo na primeira vez que tocou na bola. Vinha fresco, não só fisicamente, mas sem o abatimento que assolou a equipa após o golo. Jackson só tinha de ser Jackson... e foi. A baliza de Pyatov estava numa perigo crescente, com o guarda-redes a negar a ter muito trabalho nos minutos finais.

Mas, mesmo contra a corrente do jogo, foi o Shakhtar que marcou, e, novamente, por causa de um erro defensivo dos dragões. Maicon perdeu a bola na área para Bernard, que virou para Alex Teixeira, que cruzou para a área para Luiz Adriano (que ainda não se tinha visto no jogo), fazer o 2-0.

Mas, apesar de o relógio marcar 84 minutos, o jogo ainda tinha muito para dar. Aos 88 minutos, Srna joga a bola com o braço na área, originando a segunda grande penalidade para o FC Porto. Jackson Martinez, chamado a marcar, não desperdiçou. Pyatov até voltou a adivinhar o lado, mas o remate bem colocado não deu hipótese.

Já nos descontos, num excelente lance de Tello na área, o espanhol deixou para Jackson, que só precisou de empurrar para fazer o empate.  O colombiano mostrou assim a Julen Lopetegui que, mesmo em sistema de rotatividade, há peças em que não convém mexer.