Defrontar a selecção campeã da Europa, segunda do ranking mundial e com uma equipa à imagem do super-Barça não intimida Simão. «Por muito respeito que tenhamos, não temos medo de Espanha», disse, ele que a meio da conferência, teve até um desabafo: «Estamos a falar muito de Espanha.»

«Temos de falar de Portugal, nós acreditamos nas nossas possibilidades», adiantou, avisando os espanhóis que não deviam estar satisfeitos por terem escapado ao Brasil, ou o tiro ainda lhe poderá sair pela culatra. «Portugal vai criar tantas ou mais dificuldades que o Brasil.»

«Portugal não vai fazer um jogo parecido com o Inter em Barcelona»

«Nos oitavos podemos sempre encontrar selecções muito difíceis. Sabemos que temos de estar fortes, de fazer o nosso melhor e mostrar que temos uma boa equipa, porque jogadores temos certamente. Temos de ser muito fortes, agressivos com a bola e não com faltas», atirou.

Simão Sabrosa defendeu ainda que Portugal vai ter de «jogar o futebol que lhe é típico». «Temos jogadores com muita qualidade, que fazem uma boa para selecção, para seguir em frente. Somos bons, mas queremos ser melhores e para sermos melhores temos de vencer a Espanha.»

Simão: «Sinto-me um jogador importante na Selecção»

Sendo jogador do At. Madrid, a Roja não constitui surpresa. «Sabemos a forma como a Espanha joga, é uma selecção que tem um estilo de jogo parecido ao do Barça, uma selecção forte, que gosta de ter a bola, que joga quase sempre a dois/três toques, com muitas movimentações.»

Portugal, acrescenta Simão, também tem um estilo de jogo bonito, bem entendido dentro do contexto da Selecção Nacional e que tem qualidade. «Penso que vai ser um bom jogo, mas o favoritismo é 50 por cento para cada equipa. Também temos uma grande selecção e grandes jogadores.»

Duda lesiona-se e é dúvida, Danny ainda à parte

Portugal vai, de resto, defrontar a Espanha com sete jogadores amarelados, por oposição à ficha limpa do adversário. Simão não vê os cartões como obstáculo, até porque a Selecção está mais preocupada com o resultado final do que com os quartos-de-final que vêm a seguir.

«Temos de pensar unicamente neste jogo. Um jogador não vai estar constantemente a pensar que tem amarelo e que não pode ser agressivo. É verdade que a Espanha não tem nenhum, mas isso passa-nos ao lado. Ter sete cartões não quer dizer que somos agressivos ou maldosos e sim que jogamos sempre no máximo das nossas forças para vencer», argumentou.

Portugal volta a não treinar no palco do jogo

Faltam ainda dois dias para o Espanha-Portugal, mas o jogo já começou entre os vários jogadores das duas selecções que se conhecem da liga espanhola. Com trocas de mensagens e telefonemas. «É uma rivalidade saudável», diz Simão, que tem entrado no jogo. «Vamos ver quem será melhor.»