Joaquim Evangelista considera que a Académica não tem razão para avançar com o despedimento coletivo de vários atletas do plantel.

«Entendemos que o despedimento é um ato ilícito e não compreendemos os motivos da Académica, nomeadamente os de ordem económica. O clube fundamenta a sua decisão na perda de receitas na ordem de 1,5 milhões de euros, mas não o demonstrou», explicou o presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol.

Os «estudantes», que desceram este ano à II Liga, pretendem diminuir a massa salarial do plantel profissional e recorreram nesse sentido ao despedimento coletivo para extinguir alguns «postos de trabalho», segundo um comunicado do clube divulgado na semana passada.

O dirigente esteve esta quinta-feira reunido com o presidente da Académica, Paulo Almeida, a que se seguiu outra entre os advogados das duas entidades, que será retomada na segunda-feira.

Joaquim Evangelista não entende por que razão a direção da Briosa quer cortar nos ordenados aos jogadores, visto que são o ativo do clube, e não procuram outra alternativa. 

«Vamos averiguar se do ponto de vista económico assistem razões à Académica para continuar com o despedimento coletivo, até porque continua a contratar jogadores», salientou o dirigente, considerando que os jogadores alvo do processo não deveriam estar a ser descriminados e desvalorizados ao treinarem à parte do restante plantel.

Outro ponto que mereceu a crítica de Evangelista foi o facto de o Sindicato não ter sido contacto mais cedo, para tentar encontrar «soluções para os jogadores».

O presidente da Académica reforçou que o procedimento está a seguir os seus trâmites legais e «com serenidade». «A negociação é séria. Nós queremos negociar, estamos dispostos a isso e é o que estamos a fazer», sublinhou Paulo Almeida, em declarações aos jornalistas à saída da reunião.