Por Rita Pereira

O presidente do Sindicato de Jogadores, Joaquim Evangelista, considera que as receitas do futebol português permitem pagar adequadamente aos jogadores, mas garante que ainda há clubes com salários em atraso. Sem divulgador nomes, o dirigente afirma que este problema tem «afetado a maioria dos clubes da primeira e segunda liga».

«Não devemos prometer aquilo que não podemos cumprir e por isso deve haver uma disciplina financeira por parte dos clubes. As receitas dos clubes permitem pagar adequadamente aos jogadores», explicou Evangelista.

Em declarações após a cerimónia de entrega de um cheque-formação a Fábio Faria, o presidente do sindicato garantiu que «o futebol não vive num mundo à parte» e por isso, «a crise económica afeta o futebol».

«É do domínio público que um dos problemas que afeta mais os jogadores é o incumprimento salarial. Estes episódios têm sido recorrentes. O Sindicato tem feito um esforço para não divulgar publicamente esses casos, mas têm afetado a maioria dos clubes da primeira e da segunda liga. Este ano as dificuldades mantêm-se e temos atuado», afirmou Joaquim Evangelista.

Tendo em conta que «o incumprimento salarial vai-se notando mais conforme o campeonato se vai desenvolvendo», o dirigente fez questão de lembrar que existe «outros atropelos no futebol e situações em que os jogadores são sujeitos a práticas ilegais», como «jogadores que são dispensados ou que treinam à parte».