A angústia da espera, o medo de enfrentar a perda. Jean Sony vive dias cinzentos. Dias de ansiedade e preocupação. O jogador do Leixões, natural da cidade-mártir de Port-au-Prince, ainda nada sabe sobre o estado de saúde dos familiares. 48 horas após o sismo que arrasou o Haiti, a dúvida castiga.
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Jean Sony trabalhou esta quinta-feira normalmente integrado no plantel dos bebés do Mar, mas não se sentou em condições de falar à comunicação social. Disso mesmo deu conta Carlos Oliveira, presidente da SAD leixonense, após a sessão de treino.
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«O Jean está muito ansioso e preocupado. Ele tem cá em Matosinhos a esposa e a filha, mas deixou muita família no país. A mãe, os irmãos, os sogros, os sobrinhos e a cunhada. Temos tentado obter informações directamente do Haiti, mas isso tem-se revelado impossível até ao momento», explicou o dirigente do Leixões.
Viagem para o Haiti está colocada de parte
A vontade de Jean Sony é, evidentemente, viajar para o Haiti e tentar resgatar os familiares. Nesta altura, porém, as condições de segurança não o permitem. O jogador do Leixões vai mesmo ter de suportar a distância.
«Neste momento creio não haver condições para que ele viaje para lá. Peço que se preserve a intimidade do Jean. Ele não tem cabeça para falar sobre toda esta situação», concluiu Carlos Oliveira, porta-voz do apoio «moral» que o clube tem enviado ao haitiano.