Jean Sony (Leixões) e Peterson (Sp. Braga) são os dois jovens representantes do Haiti no futebol português, país das Caraíbas atingido por um sismo de magnitude 7,0 na escala de Richter nesta terça-feira.
O primeiro está inconsolável por não ter notícias da família, explicou o treinador José Mota, citado pela Agência Lusa. Por tudo o que o lateral direito está a viver, o treinador não contou com ele para o jogo de hoje com o Estoril.
«O Jean Sony está transtornado com esta situação e passou o dia preocupado, pois não sabe o paradeiro dos familiares. Temos tentado saber notícias, através de amigos que vivem nos Estados Unidos e com ligações ao Haiti, mas não temos conseguido. Estamos solidários com o Jean Sony e com o povo do Haiti por causa desta catástrofe», disse o técnico no final do jogo da Taça da Liga, em nome do clube.
Peterson, médio de 20 anos do Sp. Braga, que recupera de operação ao joelho esquerdo, já foi contactado pela família e, dentro do sucedido, está tudo bem com eles. O jogador pôde respirar de alívio, ele que é natural da capital Port-au-Prince, a cidade mais atingida pela catástrofe.
O sismo que abalou a ilha de Santo Domingo, ou Hispaniola, partilhada por Haiti e República Dominicana, fez ruir vários edifícios públicos, incluindo o Palácio Nacional, que acolhe a presidência do Haiti.
A Cruz Vermelha Internacional calcula em 3 milhões o número de pessoas afectadas pelo sismo e o primeiro-ministro do Haiti admite a existência de mais de cem mil mortos.