Excelente, Sp. Braga! Num grupo perigoso, e que contemplava o quarto classificado da última Bundesliga, o Hoffenheim, a equipa de Abel não só já garantiu os 16 avos de final da Liga Europa como contribuiu para a eliminação desse grande favorito ao derrotá-lo duas vezes.

É verdade que os arsenalistas terão gozado aqui e ali de momentos de alguma felicidade, mas souberam resistir nos dois encontros e disferir no momento certo o golpe fatal. A equipa minhota é, nesta altura, uma das equipas mais sólidas em Portugal e promete uma excelente segunda metade de época, apesar da eliminação na Taça.

O empate em Istambul é mais um sinal da competência do FC Porto, que mostrou novamente excelente capacidade de organização, capacidade para condicionar o rival (um bom rival, sublinhe-se) e também o próprio jogo, ao marcar primeiro. O Besiktas teve, na segunda parte, uma maior contundência no ataque, mas também aí aquela trivela falhada por Ricardo Pereira poderia ter causado maiores dissabores aos turcos. O apuramento depende apenas de si, em casa, frente a um Mónaco já eliminado. Não é algo que um FC Porto de qualidade, como este, geralmente desaproveite.

Também houve competência em Alvalade, claro. Vencer este Olympiakos não é dos maiores feitos da história do clube, mas confirma a boa prestação europeia do Sporting, ainda vivo na luta pelos oitavos de final. Precisa de vencer no Camp Nou e esperar que a Juventus não ganhe no Pireu. Em teoria, seria missão quase impossível, mas a realidade da última jornada irá trazer-nos, muito provavelmente, um Barcelona já apurado e em gestão de esforço, e uma Juve ainda a tentar consolidar-se como conjunto depois de um mau arranque. Jesus tem razões para acreditar. Aí sim, seria um feito para aplaudir de pé.

A luta de André Silva não tem sido fácil, e o espaço que tem encontrado para manifestar-se tem sido a Liga Europa. Bisou esta quinta-feira e são já oito golos na segunda competição da UEFA, incluindo pré-eliminatórias, contra nenhum na Serie A. A qualidade é indiscutível, falta-lhe a adaptação a um futebol ainda diferente de todos os outros, sobretudo para os avançados. Entretanto, já convenceu Kaká, o que é sempre boa notícia.

PSG e Manchester City têm-se mostrado imparáveis. Se em Paris a qualidade subiu ainda mais com Neymar, Mbappé e Dani Alves, em Manchester o experimentalista Guardiola reuniu-se de um plantel de luxo para levar ainda mais longe as suas ideias. Ambos têm dominado localmente e dado sinais de uma máquina bem oleada mesmo para um patamar continental. Unai Emery ainda se lembrará certamente da remontada impensável de Camp Nou no ano passado, mas parece ser mesmo desta que tanto franceses como ingleses podem fazer frente aos clássicos candidatos Real Madrid, Barcelona, Bayern e, ultimamente, Juventus. Será certamente uma reta final de temporada fantástica de ver.

Buffon e Rakitic. Tal como Buffon e Casillas antes, claro. O (bom) futebol é feito de coisas simples, do prazer de jogar e de defrontar os melhores. De respeito. Antes do Juventus-Barcelona, os dois futebolistas trocaram mensagens que todos nós pudemos ler e aplaudir. O futebol é isto mesmo. Ou deveria ser.