Um bom Sporting venceu em Atenas.
Perante um dos piores Olympiakos dos últimos anos, ainda que heptacampeão grego, um bom Sporting, repito, trouxe três pontos do Pireu e colocou-se em excelente posição para garantir o mínimo no seu grupo: o terceiro lugar e a passagem para a Liga Europa.
Dos três grandes, era talvez aquele que tinha missão mais difícil e cumpriu-a.
O estado do adversário não diminui a competência dos leões. Uma excelente e vertiginosa primeira parte, com três golos, duas bolas aos ferros e mais uma ou outra oportunidade clara de golo são dados suficientes para sublinhar o mérito da equipa de Jorge Jesus, que trouxe à luz todas deficiências, não só defensivas, do rival.
Mais uma vez, Doumbia encarnou na perfeição o seu papel, e Gelson Martins e Bruno Fernandes deram seguimento a uma enxurrada de futebol ofensivo que poderia dilatado o resultado para um volume escandaloso.
Não se pode dizer que o 0-3 não valesse a pena gerir, a forma como essa vantagem foi gerida é que pode e deve ser criticada. O Olympiakos continuou frágil, o Sporting baixou intensidade, desconcentrou-se e perdeu foco. Os gregos chegaram aos 3-2, com demasiadas facilidades dadas pelo setor defensivo dos leões. Repito o meu tweet, portanto.
Na 1a parte no Pireu, o Sporting foi intenso, focado e explosivo frente a um mau adversário. Na 2a manteve-se apenas o mau adversário.
— Luís Mateus (@luismateus) September 13, 2017
Este baixar de ritmo já tinha acontecido na Feira, com a equipa de Jorge Jesus a ser salva por um penálti nos descontos, e mesmo com o Estoril. Fica mais um aviso para o que resta da época. A equipa tem crescido, mas ainda há pelo menos esse problema para resolver.
O desafio para o Sporting é saber desacelerar sem travar, e sem se expor tanto ao rival. A ideia de jogo apresenta-se, para já, consistente, alicerçada num grupo com bastante qualidade.