O Ministério Público (MP) decidiu esta quarta-feira abrir um inquérito ao caso da tentativa de agressão ao segurança do Ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, durante a sua estadia na ilha do Faial, nota a Lusa.

A decisão do MP foi divulgada aos jornalistas por Francisco Abreu de Chaves, advogado de defesa do jornalista Nuno Ferreira, que é acusado de tentativa de agressão de um segurança de Miguel Relvas e que foi, entretanto, constituído arguido.

«O processo está em segredo de justiça. Compreendo a pertinência das vossas questões, mas não vou fazer qualquer tipo de declaração», disse o advogado à saída do Tribunal da Horta, acrescentando que vai agora aguardar o resultado final do inquérito.

O MP decidiu também aplicar a Nuno Ferreira a medida de coação mais leve, ou seja, o termo de identidade e residência.

Em causa estão dois episódios ocorridos na terça-feira e que envolvem o ministro Miguel Relvas e o jornalista Nuno Ferreira, que estavam hospedados no mesmo hotel, na cidade da Horta, e em quartos próximos entre si.

Durante o almoço, Nuno Ferreira terá insultado o governante, que almoçava na mesma unidade hoteleira, e ao final da tarde, terá agredido um dos seguranças do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, quando este o impediu de se aproximar do quarto de Miguel Relvas.

O Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Direção Nacional da PSP informou que o homem «tentou aceder ao quarto onde se encontrava o Senhor Ministro e, ao ser impedido por um elemento da PSP que se encontrava em missão de segurança, que se colocou à sua frente, reagiu de forma agressiva e tentou atingir o agente com o cotovelo, momento em que foi manietado e consumada a detenção».

Nuno Ferreira negou a acusação de tentativa de agressão, afirmando que apenas tinha intenção de se dirigir ao seu quarto.