Carlos Carvalhal foi oficialmente apresentado esta quinta-feira como treinador do Sporting de Braga para a temporada 2006/2007. Numa cerimónia fortemente concorrida, ou não fosse o novo treinador um homem da terra, Carlos Carvalhal disse estar «extremamente orgulhoso» por regressar ao clube que o formou «como jogador e como homem» e mostrou enorme reconhecimento pelo trabalho do antecessor, Jesualdo Ferreira.
Quanto aos objectivos para a nova época, Carvalhal garantiu tudo ir fazer para «manter o Braga nos primeiros lugares da Liga», e espera uma boa resposta nas restantes competições. «Pretendemos atingir a fase de grupos na Taça UEFA e seria muito bonito ir ao Jamor, à final da Taça de Portugal», referiu, na esperança de poder repetir a façanha de 2002, ano em que levou o Leixões ao Estádio Nacional.
Sobre a possibilidade de ter a fasquia bem alta, devido à pesada herança de Jesualdo Ferreira, Carlos Carvalhal disse estar consciente do que o aguarda, mas lembrou que no futebol actual «nada é fácil», daí que a tranquilidade seja o estado de espírito que o domina. O plantel para a próxima temporada está já a ser alinhavado, mas o novo treinador dos minhotos evitou abordar casos individuais. «Conheço bem o grupo de trabalho, temos um núcleo duro e o objectivo é mantê-lo e, se possível, reforçá-lo. Mas todas essas questões dependem da SAD».
Ainda antes de tentar abandonar a sala de imprensa, tarefa complicada pelos muitos amigos que fizeram questão de o ir cumprimentar, Carlos Carvalhal abordou a descida do Belenenses. O treinador iniciou a época em Belém, e cedeu o lugar a José Couceira oito jornadas depois. «Quando fui para lá, a situação era difícil mas consegui garantir a manutenção. Esta temporada, quando saí, estávamos a quatro pontos do Sporting», concluiu, evitando tecer mais comentários relativamente à questão da Cruz de Cristo.