Não é por acaso que o Gil Vicente ainda continua bem vivo, apesar de tantas dificuldades vividas ao longo da época, com troca de treinador e estreia no banco de um técnico que é novo nestas andanças depois de há bem pouco tempo ter deixado os relvados. O empate alcançado pela equipa de Paulo Alves em Braga é o resultado de um excelente trabalho realizado nos últimos meses, que está perto de receber a sua recompensa. A última jornada será dura, mas os galos dependem exclusivamente de si para fazerem a festa.
Perante um Estádio Municipal de Braga com cerca de vinte mil adeptos, foi quase sempre o Gil Vicente a assumir as despesas do jogo. Só os primeiro vinte minutos foram da equipa da casa, que até esteve muito perto de vencer, não fosse o empate obtido por Gregory já em período de descontos Logo ao primeiro minuto, porém, João Tomás esteve perto de inaugurar o marcador, chegando milésimos de segundo atrasado a uma bola cruzada por Wender.
Totalmente descontraídos, porque os objectivos para a época estão alcançados, os arsenalistas limitaram-se a gerir o ritmo, procurando dar uma última alegria aos adeptos. Mas esses também pareciam estar ali só mesmo para aproveitarem o domingo de sol, dado que os ouvidos estavam pregados no Estádio do Dragão, onde jogava o arqui-rival V. Guimarães. O primeiro grande momento de alegria, aliás, aconteceu quando Lucho González marcou para o F.C. Porto, com o Estádio de Braga a gritar golo como se fosse a equipa da casa a alcançar as redes.
Entre cânticos insultuosos aos vimaranenses e desejos de descida de divisão, os bracarenses lá tiveram o seu momento para celebrar o golo de João Tomás. O Gil Vicente, que parecia um estranho naquilo tudo, mas que também tinha motivos para celebrar cada golo apontado pelos dragões, ganhava um novo ânimo e a poucos instantes do final, quando já jogava com mais um elemento, por expulsão de Vandinho, conseguiu alcançar o empate. Seria Gregory, o defesa-central goleador, a apontar aquele que será o tento da esperança.