O regresso de Jesualdo Ferreira a Braga coincidiu com um final de ciclo e já sabe que estas coisas normalmente têm custos.
Se alguns jogadores saíram porque era preciso fazer dinheiro e baixar a massa salarial, já o que se passou em janeiro é difícil de entender.
O Sporting de Braga trouxe jogadores por empréstimo e outros jovens. Deixou sair Edinho e Agra, o ponta-de-lança desde que foi para a Turquia só faz golos.
Sinceramente, percebo a ideia do fim de ciclo. Mas o que se passa em Braga é exagerado. Com tanta gente nova no balneário é difiícil fazer um grupo e mais difícil ainda conseguir um onze. Janeiro é mês de retoques, não de revoluções.
Além das sucessivas mexidas no plantel, o Sp. Braga teve também o azar de não poder contar com Éder, talvez o melhor jogador da equipa, devido a duas lesões quase consecutivas.
Apesar de toda a irregularidade, há jogadores que estão a fazer uma temporada de grande qualidade.
Rafa Silva, por exemplo, é sério candidato a estar no Mundial 2014. Mas também
Alan, o eterno capitão, e o colombiano
Pardo, muito bom jogador.
Se é possível questionar algumas opções (Custódio e Mauro no meio-campo, em simultâneo, com
Luiz Carlos no banco) e se a qualidade do futebol da equipa é, para dizer o mínimo, inconsistente, o que impressiona mais é a quase total ausência do espírito guerreiro. No Restelo, por exemplo, foi chocante a forma como a equipa regressou do intervalo, desligada. E no Estoril aquele segundo golo é de escola primária.
Os jogadores do Sporting de Braga têm de perceber que, com uma ou duas exceções, o que a equipa conseguiu no passado não foi alcançado por eles mas sim por futebolistas que já não estão no clube. Para chegar à Liga Europa terão de ser humildes e deixar mais em campo. Por estar altura, uma derrota do Sporting de Braga está quase a deixar de ser notícia. Pior do que isso não pode haver.
