Lima, de novo histórico

Verdadeiro pontapé na monotonia de um brasileiro talhado para escrever páginas douradas no livro de honra deste Sp. Braga. Depois do «hat-trick» em Sevilha, que catapultou a equipa para a fase de grupos, Lima tornou-se o primeiro bracarense a fazer um golo na Liga dos Campeões. E que golo! Pontapé livre indefensável para Stojkovic, que ainda toca na bola, mas sem nunca ameaçar o destino traçado: era mesmo golo do Sp. Braga!

Sílvio, no sítio certo

Foi preponderante em dois ou três lances mais perigosos da equipa sérvia. Num jogo em que atacou pouco, Sílvio compensou a lacuna com uma eficácia assinalável a defender. A antecipação a Cléo, já na segunda parte, quando o brasileiro recebia um passe de Boya, foi capital para ajudar a manter a vantagem bracarense.

Alan, salvo na hora do gongo

Está a léguas do Alan que habituou os adeptos minhotos a exibições de gala. Isso é ponto assente. Mas pode ter ganho esta noite o tónico que lhe faltava para aclarar as ideias. Depois de um rol de más decisões especialmente no capítulo do passe, conseguiu ser expedito o suficiente para desenhar a jogada do segundo golo do Sp.Braga. A forma efusiva como o festejou ilustra isso mesmo: estava a precisar de um momento assim. Quase que lhe fugiu. Apareceu na hora do gongo.

Felipe, seguro

Duas ou três intervenções de registo, como aquele voo a remate de Cléo já na fase terminal da partida. Ajudou a manter a coesão defensiva, quando parecia que o vaso ia rachar. Sai com nota claramente positiva.

Stojkovic, revigorado

Não teve muito trabalho, é certo, mas, o que fez, fez bem. Nada a fazer no golo de Lima, embora ainda tenha tocado ao de leve na bola. Ganhou protagonismo no segundo tempo. Primeiro a segurar um cabeceamento de Paulão e depois numa corajosa saída aos pés de Matheus. A viver um momento complicado, Stojkovic pode aproveitar a exibição desta noite para se revigorar. As respostas têm de ser dadas dentro do campo.

Moreira, lutador

Batalhou muito no meio-campo, a ponto de se pegar muito cedo com Andrés Madrid. O argentino não gostou de uma entrada mais dura do português e reclamou. Moreira não se incomodou. Com ele é assim: não há lances perdidos. Ele que se destacou como avançado, ao serviço do Boavista, recuou no terreno e é hoje um «box-to-box» no Partizan. Viu o amarelo cedo e, talvez por isso, saiu ao intervalo.