O Sporting de Braga venceu este domingo o Penafiel pela margem mínima, somando a segunda vitória no campeonato. Para vencerem os arsenalistas precisaram da ajuda da defesa já que o único golo da partida foi marcado pelo central Nem, na sequência de um lance confuso, bem à imagem do futebol praticado, que foi em geral de muito fraca qualidade, sobretudo, nos primeiros 45 minutos. No Municipal cheirava a jogo de final de temporada.
Durante a primeira parte foram precisos 17 minutos para ver Zé Rui proferir o primeiro remate do jogo, ainda assim de longe, sem perigo e sem efeito.
Já se esperava um Penafiel fechado por força do terreno alheio. O que não se esperava é que o Sp. Braga levasse tanto tempo a dar a volta à teia montada pelo adversário, que cortava todos os caminhos da bola.
O futebol era fraco e a saída de domingo valia apenas pelo colorido das bancadas, quase cheias, repletas de adeptos sedentos de bom futebol. Apenas os rasgos de magia de Cesinha levavam o público a acreditar que valeu a pena guardar a tarde para assistir ao regresso do futebol de primeira.
Quis a sorte, madrasta, diga-se, que o «anjo negro» acabasse por se magoar, quando tentava segurar um passe pleno de oportunidade que saiu dos pés de Hugo Leal. A bola seguia os pés de Cesinha, mas a chuteira tramou-lhe a sorte, prendeu-o à relva e obrigou-o a sair mais cedo lesionado. Entretanto, no futebol «maroto» o Penafiel levava a melhor e seguia para o intervalo sem sofrer, mas podia ter marcado.
Na segunda parte, o Braga entrou transfigurado, mais forte e mais perto daquele que os adeptos esperavam ver. Houve conversa no balneário e isso notou-se dentro das quatro linhas. A equipa de Jesualdo Ferreira teve o mérito de reconhecer o erro, rectificar posições, e no segundo tempo soube procurar a vitória.
Atentos, os visitantes não baixaram armas e mantiveram a luta. Mas a determinação dos minhotos acabou por ser compensada no golo que veio dos pés do capitão, Nem. O Penafiel teve de se abrir e o jogo ganhou emoção.
Luís Castro reagiu bem à desvantagem e fez duas substituições de uma assentada, para reforçar o ataque. Mas acabou por ser o meio-campo arsenalista a revelar-se mais consistente e a controlar o jogo. Os lançamentos longos para Davide resultavam nos lances maior perigo na partida.
Depois de ter feito uma segunda parte quase completa sem um único remate à baliza, o Penafiel só aos 89 minutos teve uma oportunidade para marcar, mas Boronad atirou por cima, depois de um lance confuso na área.
De resto, Paulo Santos só teve de se aplicar para agarrar uma bola enviada de um livre directo, já nos descontos de compensação.
O resultado acaba por ser justo, mas valeu apenas pelo golo e pelo esforço que ambas as equipas fizeram na entrada para o segundo tempo.