Marinelli
O argentino foi provavelmente a melhor coisa que aconteceu ao Sp. Braga no final deste jogo com a U. Leiria. Entrou directamente para a titularidade, ele que se estreou esta noite depois de recebido na Liga o respectivo certificado internacional, numa aposta clara de Jesualdo Ferreira que colheu imediatos frutos. Marinelli é mesmo número dez. Sabe posicionar-se em campo, mostra excelente toque de bola, tem uma enorme precisão de passe a longa distância, é capaz de ler o jogo como poucos, sabe dar imediata fluência o jogo da equipa e parece ser um desequilibrador nas assistências. Um passe aos 24 minutos no qual percebeu como João Tomás vinha de trás e se isolava colocando-lhe a bola com um pequeno toque foi provavelmente o melhor dos exemplos. Mas não foi o único. Sobretudo em vários pequenos toques de magia que espalhou pelo relvado ao longo do tempo que esteve em campo. É jogador da bola, sim senhor
Fábio Felício
Voltou a ser o principal municiador do ataque, ele que desta vez nem teve Harrison do seu lado para o auxiliar. O que perdeu em ajuda ganhou em espaço e em protagonismo. Foi o jogador que mais problemas criou ao Sp. Braga, o elemento que mais futebol criou no meio-campo para os homens da frente. Procurou jogar no espaço vazio e fê-lo sempre com grande rapidez, ora em aberturas bem medidas, ora em slaloms individuais.
Wender
Tornou-se uma das figuras do jogo pelo golo que marcou e que valeu três pontos. Um golo conseguido num remate cheio de felicidade, diga-se em abono da verdade, no qual a bola desviou em Renato e foi entrar mesmo junto ao poste. Mas em abono da mesma verdade, Wender mereceu a sorte que teve. Foi dos mais inconformados e mesmo quando o Sp. Braga estava por baixo foi ele que, com Marinelli, mais agitou a equipa.
Paulo César
O brasileiro voltou a merecer a confiança de Jorge Jesus e quase que premiava a aposta quando logo aos dezassete minutos recebeu um cruzamento de Éder e cabeceou com grande violência à trave. Paulo César esteve de resto muito esforçado, fartando-se de procurar situações de finalização. Nem tudo lhe correu bem, contudo. Logo no início da segunda parte teve tudo para fazer golo mas cabeceou fraco com a baliza aberta.
João Paulo
Voltou a ser aposta no meio-campo, logo à frente da defesa, numa posição em que é notório que se sente cada vez mais à vontade. A força que trouxe à intermediária da U. Leiria foi aliás uma das razões para o bom jogo da equipa. Manteve a coesão defensiva leiriense, fartou-se de recuperar bolas, soube sempre distribuir bem e com rapidez o jogo, empurrou enfim a equipa para a frente. Parece cada vez mais um excelente trinco.