«Canhoto, endiabrado no 1 vs 1, ousado e rebelde na hora de encarar os adversários». A definição surge no Pro Scout e resume as características raras de Pedro Neto. 17 anos, um adolescente, surpresa maior na lista de convocados do Sp. Braga para a visita ao Moreirense. 

Pedro é um extremo kamikaze. Adora provocar, afrontar, abandonar as linhas e procurar as zonas de confronto central.

No final de março, o Sp. Braga ofereceu-lhe um contrato profissional válido até 2020, reforçado por uma cláusula de rescisão no valor de 20 milhões de euros. A opção não foi inocente. Por esses dias, o nome de Pedro Neto andava de boca em boca na Catalunha.

Observado por elementos do Barcelona, o esquerdino foi aprovado com distinção e colocado no bloco de notas oficial do departamento de scouting blaugrana. É mais um exemplo de explosão precoce, tão comum nos atribulados dias do futebol moderno.

Nascido em Viana do Castelo no dealbar no novo século, Pedro Neto é filho de um antigo hoquista do Óquei de Barcelos - de quem herdou o nome e a paixão pela modalidade - e sobrinho de Sérgio Lomba - antigo defesa de Gil Vicente e Moreirense.

Produto original das escolas do Vianense, Pedro jogou futebol e hóquei em patins até aos 13 anos. Optou pela primeira disciplina e passou posteriormente três épocas noutro clube do distrito nortenho (Perspetiva em Jogo, nome curioso) e é do Sp. Braga desde 2013. 

Internacional sub18, Pedro Neto ainda não jogou sequer pela equipa B dos Guerreiros do Minho. Saltará de imediato para os A? Tem a palavra Abel Ferreira.