João Moutinho
Não fez uma grande exibição. Na primeira parte quase não surgiu em jogo, mas, quando apareceu, mostrou garra e vontade de mudar o rumo dos acontecimentos. Houve três ocasiões em que se evidenciou. Numa lutou até conseguir cruzar, noutra passou vários adversários e foi travado em falta e, por fim, rematou para a defesa de Peskovic. O médio parecia um «leão enjaulado», parecia querer libertar-se de amarras e progredir mais, fazer mais. No segundo tempo melhorou bastante. Conseguiu quebrar algumas das «correntes» que pareciam prender-lhe os movimentos. Criou perigo e tentou distribuir jogo aos homens mais avançados. De repente, o capitão estava «em todo o lado».
Postiga
Pode ser destacado pela positiva e pela negativa. Na primeira parte, seguiu o exemplo de Liedson e tentou abrir espaços, mas sem a velocidade que o Levezinho demonstrou ter. As bolas não chegaram lá à frente. Aos 12 minutos tentou servir o brasileiro, mas Peskovic segurou «a dois tempos». Tal como Moutinho, melhorou nos últimos 45 minutos. Apareceu mais vezes, criou mais ocasiões. Mas... falhou mais do que uma vez. Aliás, perdeu uma grande oportunidade, aos 70 minutos. O cruzamento de Miguel Veloso era «meio golo», mas o camisola 23 desperdiçou a chance de colocar o Sporting em vantagem. O que dizer de um jogador que está quase a marcar, por mais que uma vez, mas falha? Trabalhou muito e bem? Sim, mas falhou... Não se pode desvalorizar o seu trabalho, mas Postiga é avançado, a sua função é marcar golos.
Liedson
O Levezinho fez o seu 222º jogo oficial pelo Sporting e igualou Iordanov no topo de estrangeiros que mais vezes jogaram pelos leões. O brasileiro tentou e até esteve quase a marcar, mas faltou «um bocadinho assim...». Faltou, sobretudo, durante a primeira parte, maior ajuda do sector intermediário. O avançado apostou na velocidade e tentou abrir espaços, mas Orlando esteve de olho no jogador leonino. As bolas não chegaram nas melhores condições à zona onde costuma estar. Por isso, acabou por recuar, em algumas ocasiões, para recuperar a bola e ajudar em acções defensivas. Chegou a colar-se muito junto à linha, tentando fazer pelos colegas o que eram incapazes de fazer por ele, colocar a bola junto à área dos «estudantes». Tentar até tentou, mas intenções não garantem golos.
Peskovic
Acabou por ser o «homem do jogo». Teve intervenções importantes. Conseguiu segurar a bola em momentos complicados e perante remate fortes. Deu nas vistas aos 39 minutos, com mais do que uma defesa. Primeiro travou o pontapé de Izmailov, depois de Moutinho e logo a seguir de Polga. Fica a ideia de que fez falta, aos 29 minutos, por segurar a bola com as mãos fora da grande área, mas o árbitro nada assinalou. Já nos descontos, fez uma grande defesa e salvou a Académica. Foi decisivo.
Orlando
Manteve um duelo «interessante» com Liedson. O central mostrou-se seguro e atento. Foi, sobretudo, eficaz, nas alturas de maior «aperto». Fez uma exibição globalmente positiva.
Miguel Pedro
Fez um bom jogo, mostrando vontade, garra e até algum atrevimento, perante os adversários que lhe surgiram pela frente. Durante a primeira parte, fez dois cruzamentos que podiam resultar em golo, não fosse Lito e Éder falharem o último «toque». Tentou também a sorte, mas sem sucesso.