Os sócios do Sporting, reunidos este domingo em Assembleia Geral, aprovaram a reestruturação financeira preparada pela atual direção leonina. Numa reunião magna realizada no Pavilhão da Ajuda, em Lisboa, os associados votaram favoravelmente o ponto 2 da Assembleia Geral.

Foi uma vitória esmagadora de Bruno de Carvalho: o plano de reestruturação do presidente leonino recolheu os votos de 1206 sócios a favor, 12 contra, 13 abstenções e 5 nulos. Foi portanto uma vitória com cerca de 97,3 por cento dos votos 1351 sócios e dos 8214 votos correspondentes.

Entre os nomes sonantes presentes na Assembleia Geral, destaque para os ex-candidatos José Couceiro e Dias Ferreira, bem como os antigo membros da Mesa de Assembleia Eduardo Barroso e Daniel Sampaio, eles que se manifestaram todos favoravelmente à reestruturação financeira.

Antes da votação, Bruno de Carvalho falou duas vezes e de ambas recolheu um enorme aplauso da sala, o que indicava que a reestruturação seria aprovada. Na radiografia feita ao momento do clube, foi dito que vão entrar dois investidores novos, que se juntarão à Holdimo entre os novos acionistas.

Trata-se, recorde-se, de dois investidores que vão entrar com 18 milhões de euros e ficarão com18 por cento da SAD, sendo que Bruno de Carvalho explicou que não revelava de quem se trata porque o regulamento de governo da SAD não o permite: os nomes são públicos no fim da reestruturação.

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Bruno de Carvalho revelou, de resto, que o Sporting fechou um acordo por seis anos de consultadoria no Azerbaijão, garantiu que a auditoria vai analisar todos os exercícios financeiros de 1995 a 2013 e revelou que o Sporting só tem 34 por cento dos passes dos jogadores do plantel.

O presidente fez uma radiografia sombria do momento do clube, garantindo que foram investidos 92 milhões de euros sem qualquer retorno desportivo, referindo que as receitas de bilheteira caíram e anunciando que o orçamento para a equipa de futebol será esta época de 20 milhões de euros.

Pelo meio confirmou que a SAD tem uma dívida relativamente à Nova Expressão, de Pedro Baltazar, de seis milhões de euros, a qual se não for resolvido será convertida em acções e permitirá ao antigo candidato a presidente ficar com a maioria: um problema que será resolvido, garante.

Depois de Bruno de Carvalho falar durante 45 minutos, sendo muitas vezes aplaudido e algumas aplaudido mesmo de pé, foi a vez dos sócios tomarem a palavra: destaque para as sugestoes de responsabilizar criminalmente antigas direções e expulsar de associados do clube antigos dirigentes.